Uma das maiores bandeiras do futebol italiano, o ex-jogador Roberto Baggio classifica o meia Ricardo Centurión, ex-São Paulo e atualmente no Boca Juniors, como seu possível herdeiro. Baggio, porém, avisa que o jogador precisa trabalhar sua conduta longe dos gramados.

Eu assisto muito futebol sul-americano e, como fã do Boca Juniors, eu realmente gosto do Centurión, mas ele tem que melhorar seu comportamento fora de campo”, afirmou o ex-meia, em entrevista ao jornal Corriere della Sera.

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Após 22 anos de carreira, Baggio pendurou as chuteiras em 2004, no Brescia. Hoje, ele admite que poderia ter jogado por mais tempo e faz uma avaliação do futebol moderno com o praticado antigamente. “No meu tempo, você esperaria um chute e só depois disso você pensaria em como recuperar a bola. Hoje, você corre o risco de tomar um cartão vermelho em sua primeira falta”, refletiu.

No futebol de hoje eu seria o segundo atacante em um 4-3-1-2, próximo dos atacantes. [Michael] Platini me deu a definição perfeita: eu era um ‘9.5’”, observou o ex-atleta.

Baggio revelou que ainda lamenta o pênalti perdido na decisão da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, contra o Brasil. “Eu pensei sobre isso, mas a amargura permanece, mesmo depois de todo esse tempo. [A dor] não diminuiu e eu acho que não vai passar. Gostaria de voltar esses anos, além da final”, contou.

Por fim, Baggio rasgou elogios a Paolo Maldini, um dos maiores ídolos da história do Milan. “Ele é o melhor defensor que joguei contra”, garantiu. “Quando você o encarava, você sabia que não passaria. Ele era grande e forte com a cabeça e os pés. Você teria que juntar 15 jogadores para fazer outro como ele”, finalizou.