Na tarde da última quinta-feira (19), o Milan entrou em campo pela Uefa Europa League 2017/18, contra o AEK Athens, da Grécia. Diante de menos de 20 mil espectadores, a equipe rossonera decepcionou. Com atuação muito abaixo da média, principalmente em seu setor ofensivo, o resultado não poderia ser diferente de um frustante 0 a 0.

Após o apito final, os jogadores saíram de campo sob vaias. Em entrevista coletiva pós-jogo, o treinador Vincenzo Montella fez uma rápida leitura da partida, reiterando que sua equipe não deixou em momento algum de buscar a vitória.

"É um momento complicado, mas se nós tivéssemos ganho hoje, teríamos um entusiasmo diferente. Jogamos o nosso jogo, o adversário preferiu jogar fechado na defesa, dificultando nossa missão à medida que o tempo passava. Criamos inúmeras oportunidades, mas não fomos capazes de finalizá-las", afirmou Montella.

Com uma janela de dar inveja aos rivais, o Milan despontou no início da temporada como um dos times que ameaçaria a soberania da Juventus. Todavia, hoje os rossoneros ocupam apenas a 10ª posição na Serie A. Questionado sobre o desempenho recente de sua equipe, Montella fez questão de blindar seus comandados.  

"Se o clube decidir se unir em defesa de nossos jogadores, nós alcançaremos o bons resultados mais rapidamente. Vejo os rapazes querendo fazer mais, querendo provar que pertencem ao Milan e isto está criando um bloqueio psicológico neles. Precisamos deixá-los jogar com mais liberdade e alegria", disse.

O treinador comentou o comportamento da torcida durante a partida e após o seu encerramento. De acordo com o comandante, a impaciência dos tifosi não ajuda a equipe e está estritamente relacionada ao mau momento do Diavolo na Serie A.

"Acredito que a decepção e a irritação no estádio refletiram diretamente no time em campo. A frustração tem mais a ver com nossas três derrotas pela Serie A do que com a performance nessa partida, especificamente. Eu peço aos torcedores para seguirem ao nosso lado, porque estes jogadores precisam de uma motivação maior do que serem vaiados nos momentos complicados", concluiu.