Destaque defensivo do Napoli, Kalidou Koulibaly deu entrevista à Gazzetta dello Sport afirmando que assinaria um contrato para continuar no clube até o fim de sua carreira. O senegalês fala na entrevista sobre a crescente que teve no time napolitano, como também sua estabilidade na Itália, além de discutir sobre seus desejos com a camisa dos partenopei. O jogador se diz feliz com sua família na cidade, apesar de uma adaptação demorada e difícil.
"Por minha família e os fãs, e se o contrato fosse bom, eu não teria problema assinando, ficando para sempre. Eu estou realmente feliz aqui, a cidade e o time me deram tudo. Eu quero retribuir aos napolitanos, eu quero dar a eles o Scudetto [campeonato italiano]. Eu sei que cresci muito. Quando cheguei a Itália pela primeira vez precisava de um ano de adaptação, o que não era fácil. Então eu disse a mim mesmo que eu merecia essa ótima equipe, e eu comecei a trabalhar duro", destacou o jogador.
Koulibaly se transferiu ao Napoli em 2014, vindo do belga Genk. Pelo clube napolitano, o defensor já jogou em 137 partidas. Durante a passagem do técnico Rafael Benítez no time, 'Kouli' passou jogos no banco de reserva, mas, apesar do desconforto, diz que amadureceu bastante nesse período.
"Eu tive alguns problemas com [Rafael] Benítez acabei no banco e foi um período muito importante porque eu trabalhei bastante em mim mesmo e vi as coisas de fora, também em um nível tático. Eu me forcei a provar que eu poderia me tornar um dos melhores defensores da liga italiana. Assim que [o atual treinador, Maurizio] Sarri chegou, ele me disse: 'me ouça e você vai se tornar um campeão", revelou.
Ao ser perguntado se a boa campanha que seu time faz pela Serie A seria afetada durante o período de jogos pela Europa League - pela competição nacional o Napoli lidera o campeonato, enquanto na competição continental enfrentará pelas oitavas de final o RB Leipzig -, o defensor afirmou que há no time o desejo pelas ambas as competições e que irá tentar presentear os partenopei com os dois troféus.
"Eu quero ganhar a Europa League. Vamos competir com outras grandes equipas, seria um troféu muito importante para Nápoles. Nós temos um grande desejo de vencer, e dois objetivos a alcançar. Temos que fazer isto, para a cidade e para nós", frisou o senegalês.
Por fim, Koulibaly foi perguntando sobre a violência no país. Devido aos recorrentes casos de preconceitos no ambiente futebolístico - o último de maior destaque no ano de 2017 como veterano jogador Sulley Muntari, atual Parma -, ele comentou sobre sua relação com a população italiana.
"A Itália teve essa imagem racista desde que eu era pequeno, mas o progresso foi feito. Ainda há pessoas estúpidas que pensam que o futebol e o país em geral são assim. Na realidade, embora eu não sinta nada disso em Nápoles. Em torno da Itália eu ouvi os cantos discriminatórios habituais, mas é sempre uma franja de idiotas que devem ser ignorados. Pessoalmente, eu só fui alvo de alguns torcedores da Lázio no Lazio-Nápoles há alguns anos atrás. Depois da raiva desses momentos, fiquei tranqüilizado, não os ouvi mais. A Itália é um país bonito e estou feliz aqui. Sinto-me conhecer a cultura italiana. A união das culturas pode ser a solução", finalizou.