Se o Arsenal não perdia em Wembley há nove jogos, desde 2011, essa invencibilidade acabou sendo quebrada na manhã deste sábado (10), pela 27ª rodada da Premier League 2017/18. Dono provisório da casa, o Tottenham recebeu os rivais e venceu por 1 a 0, com gol de Harry Kane, já na etapa final, quando a equipe apresentou a intensidade que costuma mostrar. 

Após a partida que foi recorde de público na Premier League e para o North London Derby, os Spurs finalmente entram no G-4 e sobem para a terceira posição com os três pontos, chegando aos 52. Já os Gunners permanecem na sexta colocação, com os seus 45, e cada vez mais afastado da briga por vaga na próxima Uefa Champions League. 

Pela PL, os times retornam a campo no próximo final de semana, quando o Tottenham joga contra o Crystal Palace, na segunda-feira (26), enquanto que o Arsenal só joga pela competição no próximo mês, contra o Manchester City, no dia primeiro. Pelos torneios internacionais, os Spurs enfrentam a Juventus nesta terça-feira (13) pela UCL, e os Gunners viajam para duelar contra Östersunds pela Uefa Europa League. 

Tático, primeiro tempo é marcado pela paciência dos times e falta de oportunidades

Se levar em consideração os últimos jogos contra um dos times que estão no top six da Inglaterra, é notável que o Tottenham apresentou intensidade nos minutos iniciais ou em algum momento da partida. Essa intensidade é provida da pressão por parte dos homens de ataque para tentar recuperar a bola no campo de defesa do adversário e ter menos oponentes numa possível criação de chance para torná-la em gol. 

Isso, porém, não foi visto por parte dos Spurs no primeiro tempo. A verdade é que eles tiveram minha paciência, característica nem tanto marcante nos últimos jogos. A equipe possuía a posse da bola, trabalhou ela no campo de ataque, mas o Arsenal conseguiu se defender corretamente para evitar qualquer atração de maior perigo ao gol de Cech. Os Gunners, por sua vez, tentavam se utilizar de contra-ataques rápidos quando tinham espaço. 

Mas é claro que algumas oportunidades foram vistas em Wembley. A primeira veio com um cruzamento rasteiro para a área, visando Harry Kane, mas Mustafi se jogou na bola para poder tirar e Cech fez a defesa. A segunda aconteceu com um levantamento para o camisa 10 novamente, mas ele acreditou que estava impedido e não deu tanta importância à jogada, cabeceando para fora. No lado dos visitantes, a principal chance que tiveram foi em um contragolpe rápido e Özil achou Monreal no lado oposto. O espanhol tentou cabeçada para Aubameyang no centro da área, mas a zaga conseguiu afastar.

Tottenham volta com a tal intensidade e vence a partida pelo placar mínimo

Se a intensidade que o Tottenham costumava apresentar não apareceu no primeiro tempo, no segundo isso já mudou de figura. Logo no início, o time de Pochettino já foi ao ataque e, no quarto  minuto, conseguiu abrir o placar com Harry Kane, numa cabeçada certeira vinda de um cruzamento da esquerda. No sexto minuto, o camisa 10 recebeu novo cruzamento na área e mandou para fora dessa vez, na cabeçada. 

Quando o relógio marcava 11 minutos, os Spurs tiveram uma chance de marcar em uma cobrança de falta na entrada da área. Eriksen cobrou com maestria, mas Cech fez a defesa para escanteio. O Arsenal teve a sua primeira resposta alguns minutos depois, com Wilshere, que aproveitou a bola de fora da área que recebeu e arriscou o chute, mas Lloris acabou caindo para fazer a defesa no que seria a igualdade dos visitantes. 

Son, aos 25, recebeu passe no meio em boa jogada rápida dos Spurs, e arrematou com força, mas errou o chute e mandou para muito longe. Um minuto depois, Alli aproveitou erro da defesa do Arsenal e tentou tirar de Cech para fazer o segundo, mas errou o alvo. Mais um minuto passado, Lamela puxou contragolpe e arriscou, mas o goleiro diminuiu o espaço e mandou para linha de fundo. Com 30, Trippier teve uma oportunidade de fazer o segundo, mas o arqueiro, bem posto, fez nova defesa. Lamela teve outra chance, já no fim, mas mandou para fora. Lacazette teve duas oportunidades no fim, mas não capitalizou.