O Manchester City, desde que foi comprado pelo bilionário emiradense xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan e se tornou um dos clubes mais ricos do mundo, venceu duas ediçoes da Copa da Liga Inglesa (2013-14 e 2015-16), uma a menos que o maior rival Manchester United, o qual venceu três edições da competição desde então (2008-09, 2009-10 e 2016-17).
Diante desse panorama, a disputa pelo título que ocorrerá no próximo domingo (25), às 13h30 (de Brasília), em Wembley Stadium, frente ao também integrante do top six, Arsenal, ganha um simbolismo maior. Isso porquê, os comandados de Pep Guardiola passam por um processo de engrandecimento - tanto no cenário inglês, como no europeu -, sendo assim, vencer um título que, mesmo nem sempre sendo tão valorizado pode significar muito para os Citizens.
Além de enfrentar um grande clube do país, significaria um aproveitamento de 100% em finais nesse torneio após ter sido comprado, empatando com o maior rival e sendo essa, a competição de mata mata que a equipe mais venceu desde que foi comprada.
Após se tornar um dos clubes mais ricos do mundo, já foram 6 títulos: levantou duas vezes a taça da Premier League (2011-12 e 2013-14), uma Copa da Inglaterra (2010-11), duas Copas da Liga Inglesa (2013-14 e 2015-16) e uma Supercopa da Inglaterra (2012).
Números expressivos como esses devem ser destacados, uma vez que o clube do centro de Manchester figurava apenas como coadjuvante nas competições antes da riqueza, não conseguindo se firmar na primeira divisão e sequer conseguindo ao menos incomodar os gigantes.
Na temporada de 2011-12, o City conquistou sua primeira Premier League, sendo a temporada seguinte (2012-13) a última vez que o seu rival venceu o mesmo título. De lá pra cá, os Citizens sempre se mantiveram no topo, já os Red Devils figuraram fora dos classificados para a Champions League em duas ocasiões: 2013-14 e 2015-16.
Outro dado importante é a evolução na UCL. Após algumas edições em que sequer passou da fase de grupos (2011-12 e 2012-13), os Citizens enfim passam a figurar entre os 16 melhores da competição a partir 2013-14.
De lá pra cá, duas eliminações nas oitavas de final para o Barcelona e uma para o Mônaco, sendo a melhor campanha em 2015-16, quando ainda comandados por Roberto Mancini, o City chegou até as semi finais, caindo para o Real Madrid - os galáticos se tornariam campeões pela 11ª vez da competição naquela temporada.
Mesmo com algumas contratações frustrantes durante esse tempo - Robinho, Jô e Elano são alguns exemplos -, o clube também teve muitos acertos - David Silva, Aguero e De Bruyne - e o processo de engrandecimento do clube parece estar próximo ao ápice.
Ainda mais após a chegada do espanhol Pep Guardiola ao clube. O qual mesmo necessitando de forma inesperada de uma temporada de adaptação a liga - dificuldade para encaixar o estilo de jogo e contratações que não renderam o esperado como Claudio Bravo-, o clube azul encanta o mundo: líder absoluto da PL e título praticamente garantido campanha extraordinária até aqui na UCL e uma final de Copa da Liga.
Dados como esses mostram o processo de crescimento do clube - tanto no cenário inglês, quanto europeu - e sintetizam que, após exatos 10 anos de sua venda, o Manchester City enfim parece ter se fixado dentre os grandes clubes da Inglaterra.