O goleiro Fernando Prass afirmou que teve que mudar os hábitos da família depois de menos de 3 meses como jogador do Palmeiras. Isso porque quando foi atingido por estilhaços de uma xícara atirada por membros da Mancha Verde – torcida “organizada” do Palmeiras – pediu para que seus familiares ficassem um tempo sem ir aos jogos do Verdão.

"Eles ficaram um tempo sem ir aos jogos. Eu não tinha muita noção como as coisas funcionavam aqui. Agora já tomei ciência como funciona e no jogo contra o Santos, meus filhos já foram", disse o goleiro do Verdão à ESPN Brasil.

Depois de quase um mês da confusão na Argentina, Prass soube que o alvo da torcida organizada era o meia Valdivia, que só “escapou” das agressões porque os jogadores do Palmeiras – inclusive Prass – fizeram um “paredão” para proteger o chileno.

O incidente em Buenos Aires fez o goleiro pensar em deixar o clube do Palestra Itália, onde tem contrato de três anos. "Claro que passa algumas coisas na cabeça, tomei três pontos na cabeça. Se eu estivesse de frente, pegava no meu olho, eu não estaria jogando, teria encerrado a minha carreira, sendo que tem muita gente que depende disso. Tenho mãe, filho, pai, irmãos, sobrinhos que dependem de mim", confessou Prass.

Com a vitória contra o Tigre-ARG, o time ganhou moral na competição continental, e o elenco acredita que o time pode ser campeão, apesar de reconhecer que se isso acontecer o time será considerado a “zebra” da Libertadores. "Não podemos ser hipócritas, outros times estão mais prontos que o nosso. Mas a Libertadores dá todas as possibilidades, na próxima fase é mata-mata", afirmou o camisa 25.

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Sobre o autor
Zuba Ortiz
Jornalista, ex-peladeiro e destro.