São Januário vive um dos piores momentos dos últimos tempos. Falta de pagamento de salários para jogadores e funcionários, péssimos resultados dentro de campo e falta de harmonia com a torcida deixam o clube em um momento mais do que delicado. E a solução encontrada pela diretoria para sair dessa crise é a venda de jogadores. Ou até mesmo a saída deles de graça, desde que o clube não pague mais seus salários. 

Dedé é o nome que está mais do que certo para sair do clube. Mesmo que o presidente Roberto Dinamite ainda tenha um discurso otimista ("se o clube arrumar recursos, o Dedé fica"), René Simões e até mesmo o funcionário mais novo do clube, Paulo Autuori, já dão como certa a saída do Mito. O destino é o que ainda falta definir. O jogador quer ficar no Brasil (e jogar no Corinthians), mas o Vasco prefere uma transferência para o exterior (e o Milan poderia ser o destino). 

O zagueiro não deve ser o único a sair. Tenório, em entrevista recente à rádio Deportiva, 93.3 fm no Equador, disse que quer voltar para a LDU. René Simões, diretor executivo do clube de São Januário, não freou o ímpeto do jogador, e deixou a entender que, se for melhor financeiramente para o clube (mesmo que ele saia de graça), o Demolidor volta para Quito. 

Éder Luis, Bastos e Carlos Alberto são outros nomes que podem deixar a Colina. O Vasco poderia repassar a dívida que tem com o Benfica pelos dois últimos, além de economizar com os vencimentos de ambos. O caso de Carlos Alberto não é diferente no que diz respeito a salário, pois o meia é hoje, junto com Dedé, o vencimento mais alto do clube. Além destes, o meia Bernardo também é um jogador que tem mercado e pode sair do Cruz-Maltino.

Vale lembrar que, após o título da Copa do Brasil de 2011 e da boa campanha na Libertadores de 2012, o Vasco se desfez de seus principais atletas. Fágner, vendido ao Wolfsburg, Rômulo, ao Spartak, Diego Souza, ao futebol árabe, Allan, com destino a Udine, deixaram o clube, sem contar com as saídas dos ídolos Juninho Pernambucano, para a Major League Soccer, e Felipe, para o rival Fluminense. Nenhuma dessas saídas resolveu as finanças do clube. Será que agora vão resolver? A torcida espera que sim.