Os turistas que virão ao Brasil acompanhar a Copa do Mundo de 2014 não conseguirão usar o 4G - que já vem sendo utilizado no Estados Unidos e na Europa - pelo menos é que afirma o presidente da Anatel, João Rezende.

Em entrevista, o presidente afirmou que o sistema não ficará pronto até a Copa do Mundo de 2014, e disse que os turistas terão duas opções: comprar o 4G local (comprando um chip) – que é de frequência 2,5 GHz, e não de 700 MHz como o padrão dos Estados Unidos e Europa – ou usar a rede 3G, visivelmente mais lenta.

A preocupação dos organizadores com a disponibilidade ou não da rede sem fio foi apenas um dos inúmeros problemas, que contam ainda com o atraso de obras de transporte e os prazos para entrega dos estádios – que foram garantidos pelo Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, na última segunda-feira durante o programa Roda Viva, da  TV Cultura.

No ano passado, o Brasil abriu leilão para a o 4G, com frequência de 2,5 GHz, exigindo que todas as operadoras façam a implantação da tecnologia nas cidades sedes da Copa do Mundo – a Copa das Confederações deste ano deve ser um “evento teste” para 2014.

Havia a esperança de que o Brasil também conseguisse liberar a frequência de 700 Mhz, já que os smartphones programados para uma frequência nem sempre aceitam a outra “banda” de frequência, obrigando o usuário a se contentar com o serviço 3G.

“As pessoas vão acabar comprando um chip aqui” afirmou João Rezende, em entrevista a Reuters.  O presidente da Anatel afirmou ainda que a barreira para implementar o 4G não é apenas tecnológica. “A barreira não é tecnológica, é financeira”, disse.

Um dos problemas encontrados em liberar o 4G é que os transmissores tem televisão usam uma frequência parecida, então teria que mudar isso para depois liberar para as operadoras trabalhar em 700 Mhz – seriam necessárias menos antenas para a mesma cobertura feita pelo 2,5 Ghz.

Para o porta voz da Fifa, Walter de Gregório, a estrutura da internet sempre foi uma das principais preocupações da Fifa e do comitê organizador.

“Um dos grandes desafios que eu vejo é telecomunicações. Nós confiamos no que eles dizem e dizem que ele estará pronto", afirmou o porta voz, que ainda complementou: "Talvez eles deveriam corrigir 3G primeiro. Talvez eles vão saltar de 2G para o 4G".

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Sobre o autor
Zuba Ortiz
Jornalista, ex-peladeiro e destro.