No Mineirão, mais emoção do que o esperado. Depois de um 3 a 0 aplicado pelo Atlético no Cruzeiro no último domingo, uma virada do Cruzeiro era bem improvável. A virada realmente não aconteceu, o Galo confirmou o favoritismo e levou a taça, mas teve que suar muito mais do que todos esperavam. Dagoberto, duas vezes de pênalti, chegou a colocar o Cruzeiro com dois gols de vantagem na partida. Só faltava um gol para a festa ser azul em Belo Horizonte. Mas no segundo tempo, o Galo cresceu, Ronaldinho, também de pênalti, marcou o gol que deu tranquilidade ao time no restante da partida, mais do que isso, Ronaldinho marcou o gol que decretou o 42º título Mineiro do Galo.

Cruzeiro domina e faz 2 a 0 no primeiro tempo

O Cruzeiro começou o primeiro tempo disposto a tirar a vantagem que o Atlético-MG conquistou no Independência. Nos minutos iniciais o Galo conseguiu suster a pressão cruzeirense. Mas o Cruzeiro se acertou no jogo e aumentou o volume de jogadas. Em escapada pela direita, Dagoberto driblou Marcos Rocha, invadiu a área e sofreu pênalti, em falta de Gilberto Silva. Dagoberto bateu no meio do gol e abriu o placar. A pressão cruzeirense continuou e Diego Souza, de fora da área, quase marcou, exigindo defesa difícil de Victor.

Após o primeiro gol azul, o Atlético conseguiu equilibrar a partida e chegou a levar perigo. Jô finalizou de pé direito exigindo bela defesa de Fábio, no rebote, Diego Tardelli voltou a bombardear o gol cruzeirense, mas Fábio defendeu novamente.

O bom momento do Galo no jogo durou muito pouco. Com excelente marcação e trocando passes com precisão, o Cruzeiro dominava o meio-campo e abria bons espaços pelos lados do campo. Em bola praticamente perdida pelo Cruzeiro na linha de fundo, Richarlyson se precipitou e fez falta em Borges dentro da área. Na cobrança, Dagoberto deslocou Victor, marcando o segundo gol e colocando o Cruzeiro perto da reviravolta.

Galo acorda no segundo tempo, Luan marca e Galo leva a taça

O Atlético-MG foi outro no segundo tempo. Com mais movimentação na frente e com um Ronaldinho mais ligado, o time foi mais presente no ataque e teve mais posse de bola. Mais consistente nas jogadas, o Galo ameaçou o gol de Fábio várias vezes. A defesa com Marcos Rocha, Réver, Gilberto Silva e Richarlyson que se confundiu muito no primeiro tempo, se reergueu na segunda etapa, foi mais firme e melhorou a saída de bola, facilitando o trabalho dos volantes.

O goleiro cruzeirense vinha se tornando o herói do jogo ao fazer brilhantes defesas. Jô mandou bola na trave num momento de pressão intensa do Atlético. O Cruzeiro só levou perigo uma vez na segunda etapa, Borges escapou e chutou para grande defesa de Victor.

Cuca promoveu uma mudança que seria decisiva no jogo. Mal na partida, Bernard deu lugar a Luan. O Galo continua pressão, e Luan colocou o Galo perto da conquista. O meia-atacante fez jogada individual, invadiu a área e foi derrubado por Egídio. Ronaldinho cobrou com perfeição e tranquilizou as coisas para o Galo.

Após o primeiro gol atleticano, o Cruzeiro se desorganizou e não conseguiu se articular na partida. Cuca colocou Leonardo Silva no lugar de Tardelli, fechando a equipe e dificultando para o Cruzeiro que teria que buscar mais dois gols para sair com o título. No final da partida, Bernard cometeu falta dura em Dagoberto e foi expulso por Vuaden. A falta de Luan foi seguida por uma confusão generalizada entre jogadores de Atlético e Cruzeiro que chegaram a trocar agressões.

O apito final de Leandro Vuaden enlouqueceu a torcida atleticana que neste domingo era apenas 10% do público presente no Mineirão. Foi decretado o título atleticano, o 42º da história do clube que agora vai embalado para enfrentar o Tijuana pela Libertadores.