Depois de 46 dias de sua apresentação como jogador do Grêmio, Maxi Rodríguez enfim, treinou com seus companheiros. A demora tem explicação: o tratamento utilizado nos atletas no Uruguai é diferente dos métodos brasileiros e o meia precisou aperfeiçoar a resistência e a força muscular, que foi obrigado a continuar o treinamento no Olímpico enquanto seus colegas aproveitavam as férias no período de recesso no Brasileirão para a Copa das Confederações.

 

Na manhã desta terça-feira (25), ele foi liberado pelo fisioterapeuta Nilton Petrone e pelo preparador físico Antonio Mello para se juntar aos demais jogadores em um tradicional treino 'misto', que envolve atividades físicas e técnicas. Maxi atuou pela primeira vez com bola, mostrou boa movimentação e deu até carrinhos.

 

Eleito o melhor meia do campeonato uruguaio atuando pelo Montevideo Wanderes, o atleta ainda não possuí condições legais de jogo e lamenta que a lei para estrangeiros no Brasil o impeça de entrar em campo quando estiver pronto-ela permite que três jogadores nascidos fora do país atuem juntos por partida-Vargas e Barcos são titulares no ataque, Riveros é opção imediata para a saída de Fernando no meio-campo. Em coletiva, Maxi falou sobre sua adaptação ao clube e sobre a lei:

 

"Vim para dar o meu melhor, não para roubar o espaço de ninguém, infelizmente no Brasil a lei impede que todos estrangeiros estejam em campo, o que seria melhor para todos e para o futebol. Estou me sentindo confortável no Grêmio, tive trabalhos fortes e fiquei muito feliz em trabalhar pela primeira vez com bola."

 

Juntamente com Welliton e Vargas, o uruguaio se destacou no treinamento pela parte da tarde. Comandado pelo auxiliar Roger Machado e utilizando apenas a metade do campo, o trabalho consistiu na divisão dos jogadores em grupos onde uma equipe pressionava a rival na tentativa de chegar ao gol com apenas três toques.

 

A delegação retorna aos treinamentos na quarta-feira novamente em dois turnos visando o confronto contra o Atlético-PR, no dia 6.