O final de 2012 não foi dos melhores para os rubro-negros. Sofrer um rebaixamento que foi concretizado na última rodada, para um rival, na condição de visitante, não era o que passava pela cabeça dos torcedores, mesmo após perder o estadual em casa. Ainda em dezembro do mesmo ano, seria eleito o - agora - ex-presidente Luciano Bivar pela sexta vez em toda a história. Uma semana após a eleição do novo gestor fora contratado Vadão, que veio para suprir a ausência do emprestado Sérgio Guedes. Pré-temporada curta e um primeiro semestre desastroso. E se o que estava ruim não poderia piorar, piorou. O mandatário do clube declarou que havia pago um lobista para colocar o volante Leomar, em 2000, na Seleção Brasileira. Por conta disso, levou uma punição do STJD de 180 dias. Com quatro comandantes em 12 meses, um desastre maior foi evitado em dois dos doze.

Era Vadão: Inércia e apatia

Vadão ao lado do - até então - Diretor de Futebol Marcos Amaral na coletiva de demissão (Foto: Mateus Schuler)

O comandante veio com a obrigação de recolocar a equipe no cenário do futebol nacional. E todos os planos da diretoria foram por água abaixo em três meses. A pré-temporada de 12 dias em Maceió e Chã Grande não foi suficiente. Durante a fase de grupos do Nordestão, vitórias convincentes dentro de casa e empates sem emoções, fora. Nas quartas-de-final, tragédia à vista. Após um 0x0 diante do Campinense, na Paraíba, em Pernambuco esperava-se um triunfo e a qualificação às semi-finais estaria encaminhada. Como toda a era Vadão, a apatia persistiu durante todo o confronto - encerrou 2x2 - e nas quatro primeiras rodadas do torneio provinciano, onde teve duas vitórias, um empate e uma derrota.

Era Sérgio Guedes: Dois meses e dois fiascos

Sérgio Guedes e o - até então - Diretor de Futebol Marcos Amaral na coletiva de apresentação (Foto: Mateus Schuler)

Pouco tempo depois, o "Macgyver da Ilha" retornou à Ilha do Retiro. Se na primeira passagem ficou conhecido pela torcida por quase conseguir o improvável, na segunda marcou por dois fiascos. Mesmo sendo visto um padrão de jogo no time principal, a perda do título do pernambucano - por dois anos seguidos - em casa e a desclassificação precoce na Copa do Brasil também dentro dos seus domínios foram o suficiente para a diretoria mudar o técnico pela terceira vez em cinco meses e meio.

Era Martelotte: A montanha russa do Nordeste

Treinador não resistiu à pressão da torcida e deixou o comando (Foto: Divulgação/Sport)

Recém-campeão com o Santa Cruz, Marcelo Martelotte foi o responsável para tentar conquistar o acesso à Primeira Divisão nacional, assumindo logo no começo do campeonato. Até a paralisação para a Copa das Confederações, a inconsistência nos jogadores era visível. Após a parada, uma mudança da água para o vinho. A conquista da sequência de quatro vitórias consecutivas na Série B mantiveram as esperanças vivas. Contando também com a sorte e herdando uma vaga na Copa Sul-Americana, a expectativa foi a melhor possível para terminar bem 2013. Na etapa nacional, logo de cara o Náutico. Na ida, uma partida de encher os olhos. Na volta, o oposto e a classificação às oitavas-de-final só não foi descartada graças a Magrão. O paredão foi fundamental na disputa de pênaltis, defendendo três cobranças. No Brasileiro, a inconsistência voltou. Com quatro jogos sem vitória - sendo o último uma derrota diante do Icasa como mandante - e a impaciência propagada pela Meca rubro-negra, a última alteração.

Era Geninho: A salvação

Com o melhor aproveitamento, Geninho fechou bem o ano (Foto: Divulgação/Sport)

De início, estava assegurada a permanência interina de Neco, mas não durou uma semana e Geninho voltaria pela terceira vez. Logo na estreia, a situação foi igual à da passagem anterior. Vitória contra o Figueirense. Nas oitavas do torneio continental, decepção e eliminação para o Libertad, perdendo os dois jogos. Na reta final da competição nacional, as rodadas ajudavam para que o Sport se mantivesse no G-4. Vencendo, empatando ou perdendo, os resultados dos adversários na briga direta eram favoráveis. Em Varginha, na 37ª rodada, a combinação básica ocorreu e, aproximadamente 365 dias depois, os leoninos estariam de volta à elite. No dia seguinte, festa em Recife.

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Sobre o autor
Mateus Schuler
Jornalismo e admirador do futebol. Sofre por Flyers, Jaguars, Suns e Basel, não necessariamente nessa ordem. Fã de rock e esportes em geral. Insone