O torcedor do Palmeiras terminou 2012 rezando para que 2013 fosse melhor, com menos decepções e mais alegrias e que o time conseguisse ressurgir “imponente" como diz o hino do clube. 

Eleições e Paulo Nobre na presidência

Mas o começo de 2013 parecia uma continuação de 2012, o time não se encontrava em campo e nem fora dele, as eleições para a presidência, mais uma vez, eram uma guerra dentro do Parque Antártica e aquele famoso “salve-se quem puder”. E no fim das contas, Paulo Nobre venceu e com uma proposta ousada, resolveu mexer na estrutura toda, trouxe de volta José Carlos Brunoro (da antiga parceria com a Parmalat) e começou a dar um rumo para o Verdão. 

Um Paulistão de altos e baixos

No Paulistão, o time demorou a se encontrar e o técnico Gilson Kleina chegou a ficar na corda bamba, principalmente depois de resultados considerados zebras, como a derrota no Pacaembu para o Penapolense, ou a goleada diante do Mirassol.  Apesar de tudo isso, o time acabou se classificando para as quartas-de-final, onde enfrentou o Santos e foi derrotado nos pênaltis. 

Novela Barcos

No meio desse Paulistão, uma venda acabou irritando boa parte dos torcedores e colocou em “xeque" o atual presidente, Paulo Nobre, o argentino Barcos, ídolo da torcida e artilheiro da equipe acabou vendido para o Grêmio, em um negócio que envolvia a troca por jogadores pouco conhecidos, como: Leandro, Rondinelly, Vilson e Léo Gago. Além disso, o Palmeiras também se “desfez" do atacante Luan, numa troca que levou Marcelo Oliveira e Charles para o Verdão. 

Frango de Bruno e adeus à Libertadores

Na Libertadores, o time começou instável, mas acabou líder do grupo que tinha Tigre-ARG, Sporting Cristal-PER e Libertad-PAR. Com o primeiro lugar assegurado, o time foi com a vantagem de decidir a vaga para as quartas-de-final em casa. O adversário foi o Tijuana-MEX, o segundo colocado com a melhor campanha na competição. No México, empate em 0 a 0, e o Verdão tinha tudo para avançar, mas no Pacaembu lotado, acabou eliminado por 2 a 1, num verdadeiro “frango" do goleiro Bruno, que tirou qualquer chance de reação da equipe paulista.

Campeão com sobras na Série B 

Na Série B, o Palmeiras sobrou, foi campeão com folga e foi pouco “assustado" pelos adversário, quem mais incomodou o Verdão, foi uma xará de Santa Catarina, mas que não chegou a roubar a liderança do Verde Paulista. O time conquistou o acesso, num empate “sem graça” com o São Caetano, no estádio do Pacaembu. Já a festa do título, foi no mesmo estádio do Pacaembu, diante do Boa Esporte-MG, com direito a comemoração em campo, com faixa de agradecimento, mas ainda sem a taça, que seria entregue só no jogo seguinte, diante do Ceará. 

Nas rodadas finais, o torcedor já começava a assistir uma nova novela, o “Dia do Fico” de Gilson Kleina, parecia cada dia mais distante, a diretoria conversava com outros nomes, e o elenco e o próprio treinador confirmaram um clima nada agradável no vestiário, diante desta indefinição. Depois de se assustar com o salário de Marcelo Bielsa, o presidente Paulo Nobre decidiu manter Gilson Kleina para o centenário do Verdão. 

Apesar de estar em outra situação em 2013, o time continua sofrendo com a busca por reforços para o ano do Centenário, nenhum grande jogador foi apresentado e o torcedor ainda corre o risco de perder jogadores como Vilson, Leandro e Márcio Araújo, que foram titulares durante boa parte do ano. 

Escolher o melhor jogo do Palmeiras no ano, é uma tarefa complicada, não porque só tiveram jogos ruins, mas de fato, um jogo só, talvez seja complicado, mas o melhor jogo, ou pelo menos, ao meu ver, o mais importante do ano, foi contra o Libertad-PAR, vitória no Pacaembu, por 1 a 0, gol do volante Charles. Acredito que foi o jogo que fez o palmeirense sonhar que 2013 poderia ser melhor que 2012, que o time nem era tão “ruim" como parecia. 

Eleições de melhores e piores sempre são questionáveis, mas a VAVEL Brasil também elegeu os 3 melhores jogadores do Palmeiras em 2013, e foram eles: Leandro - atacante que caiu nas graças da torcida pelos gols marcados e pelos dribles;  Alan Kardec - chegou durante a Série B e foi o “homem gol” que fez o torcedor esquecer o argentino Barcos; Fernando Prass - conseguiu fazer sua história no gol do Palmeiras, sem ser comparado ao São Marcos, mas passando a mesma segurança do antigo santo.

Já os 3 piores talvez sejam mais fáceis de serem eleitos, foram eles:  Maurício Ramos - nunca passou confiança, e deixou a torcida em festa quando foi negociado com o futebol árabe; Luan - sempre em conflito com a torcida, foi emprestado para o Cruzeiro ainda durante o Paulistão; Felipe Menezes - foi um “brinde" depois da vinda de Alan Kardec e apesar de ter feito gol no jogo do título, ganhou o apelido “carinhoso” Sleep Menezes, devido ao seu grau de concentração na partida.