O Criciúma recebeu o Figueirense no Heriberto Hülse, em partida válida pela segunda rodada do Campeonato Catarinense de 2014. E o reencontro com a torcida foi da melhor maneira possível: vitória por 1 a 0 com gol do ídolo Paulo Baier e liderança provisória da competição - Metropolitano e Joinville se enfrentam na quinta-feira, e ambas as equipes podem tirar o primeiro lugar do Tigre. Já o Figueira, que pecou pela falta de criatividade, estacionou nos três pontos e se viu ultrapassado pelo próprio Criciúma, que chegou a quatro.

As equipes voltam a campo no fim de semana. No sábado (01), o Criciúma recebe o Brusque, enquanto no domingo (02), o Figueirense enfrenta o Metropolitano no Orlando Scarpelli.

Incisivo, Criciúma cria oportunidades no embalo da torcida

Embalado pelas vozes dos quase 10 mil torcedores, os jogadores do Tigre começaram na base da correria e marcação no campo de ataque. E logo nos minutos iniciais, boas chances foram criadas dos pés do lateral direito Eduardo. Aos 11 minutos, Nirley, zagueiro do Figueirense, salvou sobre a linha o que seria o gol que abriria o placar, em chute de Rodrigo Silva. Pecando pela pouca objetividade no setor de meio-campo, os visitantes ofereciam pouco perigo à meta defendida por Galatto.

O Figueira então adiantou a marcação, e conseguiu segurar o ímpeto do Tigre. Antes acionado, Eduardo agora não conseguia criar jogadas de linha-de-fundo, e com isso o centroavante Rodrigo Silva pouco aparecia, ficando plantado na grande área. Do outro lado da meta, Lúcio Maranhão também não obteve grande sucesso devido à forte marcação exercida por Serginho - um dos destaques do Criciúma na partida -. Seguros na defesa, Escudero e Ronaldo Alves não se viram assustados em nenhum momento da primeira etapa.

Após muitas tentativas e alguns suspiros arrancados dos torcedores, o árbitro Paulo Henrique Godoy Bezerra deu a etapa inicial como finalizada aos 45 minutos com o placar ainda zerado.

Tigre aumenta pressão, e brilha a estrela de um velho conhecido do Heriberto Hülse

Drubscky colocou Fernando Karanga em campo, substituindo Rodrigo Silva, e o Tigre ganhou em velocidade. Cada vez mais ofensivo, o time da casa contava com os inspirados Paulo Baier e Lucca, comandantes do ataque tricolor. Apesar dos espaços que por consequência se abriam na defesa do Criciúma - com os dois laterais constantemente avançando -, o Figueirense não conseguiu emplacar um contra-ataque sequer, sofrendo com o mesmo problema do primeiro tempo: o pouco sucesso na criação de jogadas.

Quando o Heriberto Hülse começava a esfriar junto com o jogo, o lateral Eduardo tratou de resolver o problema: com um petardo do meio da rua, fez o goleiro Tiago Volpi trabalhar aos 23 minutos. As arquibancadas do estádio esquentaram. Só iriam explodir no minuto seguinte, quando o mesmo Eduardo cobrou um lateral com rapidez nos pés de Lucca, o garoto escapou da falta e levantou na medida para Paulo Baier acertar um belo chute de primeira e balançar as redes do adversário: 1 a 0. Velho conhecido dos gramados do "Majestoso", Baier - em sua terceira passagem pelo Criciúma - foi comemorar abraçando a torcida, que foi ao delírio.

Vinícius Eutrópio viu a necessidade, e colocou quatro atacantes em campo no Figueirense. Mas a equipe continuou assombrada pelo mesmo fantasma da falta de inspiração. A única chance clara de gol se perdeu quando Lúcio Maranhão furou na área. E por pouco o placar não foi ampliado a favor do Criciúma, quando, nos minutos finais, o goleiro Tiago Volpi salvou em uma cobrança de falta de Lucca. Até que, depois de 49 minutos, o árbitro deu como terminado o segundo tempo. Aos torcedores do Tigre, a sensação de dever cumprido, ampliada pela liderança momentânea do campeonato. Já o Figueira volta suas atenções para a partida de domingo, para que diante de sua torcida, consiga a segunda vitória na competição.

Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC