Após marcar um gol na vitória do Internacional sobre o Cruzeiro-RS, o atacante Rafael Moura resolveu desabafar. Levou a mão ao rosto e fez um gesto pedindo silêncio para a torcida colorada que alguns instantes antes do  avante marcar, entoavam gritos para que o treinador o tirasse de campo. O atacante se arrependeu e pediu desculpas para aqueles que o aplaudiram na sua saída de campo, porém deixou claro que a minoria que pedia sua saída, ele não se desculpa, e deixa o desabafo válido.

"Tive que extravasar um pouco. É o primeiro jogo do ano e eu tenho de escutar o que escutei. Falaram 'Abel, tira o Rafael'. Eu peço desculpas para o torcedor que está comigo e que me aplaudiu. Mas para alguns outros, a minoria, o gesto foi merecido. Não mereço isso diante da minha família. Também sou homem. A resposta é de igual para igual ", disse o jogador, na saída de campo.

O capitão D'Alessandro, que em campo acalmou Rafael Moura, e pediu aplausos ao torcedor, em sua coletiva após a partida tratou de defender o centroavante, exaltar a importância do mesmo e de seu trabalho para o clube e também pediu para que a torcida colorada tivesse mais paciência com Rafael Moura para que ele possa trabalhar e dar os resultados que os torcedores tanto pedem.

"Não tivemos um ano como esperava, então temos que destacar o trabalho dele (Rafael Moura). Ele treina, se esforça, já ganhou título, é rodado. Deu o passe para o primeiro gol, fez um gol. Acho que foi um dos destaques. O torcedor tem que entender que é o primeiro jogo e precisa apoiar", pediu D’Ale.

Fabrício que também é alvo de críticas da torcida, também blindou o companheiro e entende que o mesmo fez isso muito mais para desabafar, do que para afrontar o torcedor: "É um desabafo que vem de dentro da pessoa. O Rafael Moura precisava fazer um gol. O pessoal estava pegando no pé dele. Foi mais um desabafo do que uma crítica."