Na primeira partida como técnico interino, preparando e comandando o Sport justamente num clássico. Além da tradição do confronto centenário, tratava-se de um jogo decisivo para a classificação às quartas da Copa do Nordeste. Demonstrando ansiedade para o novo desafio, Eduardo Baptista foi pedir conselho do seu pai, Nelsinho Baptista, campeão da Copa do Brasil de 2008 pelo Leão. A única dica que recebeu foi para confiar no seu potencial.

Para ser posto em prática o que ele acreditava ser o melhor, recebeu palavras emocionantes de seu mentor, que lhe deram uma dose maior de confiança para o Clássico dos Clássicos.

"Eu tenho um mentor na vida, que é o meu pai. Liguei para ele, contei a situação e disse que precisava fazer algumas mudanças, mas que não sabia até onde poderia ir por ser interino. Então, ele me disse: quem é o técnico do Sport hoje? E me mandou fazer o que fosse preciso. A partir disso, chamei o Pedro Gama (analista de desempenho) e montamos uma estratégia para a partida", falou, indo às lágrimas.

Além da capacidade, Eduardo herdou o temperamento agitado. Mesmo sob o calor da partida, fez questão de valorizar o respeito pelo Náutico e agradeceu o apoio dos amigos de comissão técnica.

"Tenho que fazer um agradecimento a todos os membros da comissão técnica, pois a colaboração deles foi fundamental. Junto com Pedro Gama, estudamos o Náutico e trabalhamos demais. Discutimos cada lance do primeiro jogo contra eles e de outras partidas do Náutico. Quando a situação caminha assim, é difícil que o resultado não seja a vitória", concluiu.