Com o foco total na Taça Libertadores da América, o Atlético-MG foi a Juiz de Fora para enfrentar o Tupi com o time reserva. O Tupi entrou em campo com segurança e muito e consciente. No final, o Galo Carijó superou o calor e os atleticanos, conquistando a vitória por 2 a 0. Gols de Da Silva e Núbio Flávio, cobrando pênalti.

O Tupi vinha de derrota na competição, assim como o Atlético-MG. Portanto, jogar em casa e vencer era de fundamental importância para as pretensões do Galo da Zona da Mata. A equipe de Juiz de Fora venceu sem se importar se o Galo da Capital era reserva ou titular. Talvez este foco tenha sido o diferencial do alvinegro local.

Diferente do Atlético-MG, que com elenco todo ele misto e remexido pela disputa simultânea de duas competições, não soube encarar o Tupi com o mesmo foco do adversário e acabou penando pelos erros primários da defesa e falhas no ataque.

Na proxima rodada, o Tupi vai a Poços de Caldas encarar a Caldense, na cidade de Poços de Caldas, no sábado, às 17hs. O Atlético-MG tem o compromisso pela Libertadores da América. Vai estrear contra o Zamora-VEN, na próxima terça-feira, em Barinas, às 22hs. Pelo Campeonato Mineiro, o próximo jogo é o clássico contra o Cruzeiro, domingo, às 17hs, no Estádio Independência.

Tupi mais consciente

O Tupi entrou em campo com muita segurança e este detalhe serviria para o time durante todo o jogo. O Atlético não passava a mesma confiança, mesmo com uma formação reserva, mas a falta de entrosamento custaria caro para o Galo.

O Tupi sempre chegava pelo lado direito de seu ataque, progredindo nas costas do lateral-direito improvisado na esquerda Alex. Foi por ali que o Galo Carijó conseguiu suas melhores jogadas. O Atlético tentava ir ao ataque com Renan Oliveira, mas o meia estava muito bem marcado pelos volantes do Galo Carijó. O atacante Marion, pela esquerda, e a melhor opção, com muita agilidade e velocidade.

Foi pela direita que o Tupi conseguiu seu primeiro gol. Aos 26 minutos, depois do cruzamento de Henrique, a zaga atleticana deu muito espaço, e Da Silva bateu de primeira, com a perna direita, no contra-pé de Lee. Um erro todo ele primário desde a construção da jogada até a conclusão.

O Galo da Capital tentava responder, mas seguia muito marcado no meio e não oferecia perigo. Nas poucas conclusões que aconteciam, com Leonardo e Marion, a bola não incomodava o goleiro Jordan, do Tupi.

Pressão atleticana

O Atletico-MG voltou melhor e mais organizado. Rapidamente, o time da capital mineira foi criando boas chances, mas sem qualidade para finalizar. Marion seguia sendo a melhor opção de ataque, com muita agilidade e velocidade, o jovem atacante foi diversas vezes acionado. 

Por conta do forte calor, o técnico Renê Weber decidiu colocar alguns garotos em campo. Carlos entrou no lugar do apagado Leonardo. Lucas Cândido saiu para a entrada de Eduardo. O Atlético mostrava mais iniciativa, mas pecava pela inexperiência nos posicionamentos de ataque, seja em posições de impedimentos ou na hora de receber um bom passe. 

O jogo melhorou só na reta final. O atacante Carlos, mais calmo e menos afobado dentro de campo, cruzou em boa condição para André, mas o centroavante chegou atrasado. Para acabar com a pressão atleticana, o técnico Wilson Gottardo adiantou o time esperando apenas um contra-ataque para responder, e ele aconteceu.

Aos 45 minutos, Leleu cobrou falta nas mãos do goleiro Jordan, que socou a bola para a ofensiva do Tupi, depois do lançamento para a direita, Da Silva cruzou e a bola tocou no braço de Alex. Pênalti marcado e convertido por Núbio Flavio, que deslocou Lee para a esquerda, e a bola foi para o canto contrário.