Intensidade e reclamação da arbitragem pelos dois lados são fatores que definiram o empate sem gols entre Atlético e Cruzeiro pela quinta rodada do Campeonato Mineiro, no Independência.  A partida marcava o retorno do time celeste aos gramados depois dos atos racistas sofridos pelo volante Tinga.

Com o resultado o Atlético chega aos 5 pontos, enquanto o Cruzeiro somou apenas 1 e perdeu a liderança do torneio para o Boa Esporte. Os times voltam a campo pelo estadual nesta quarta. O galo viaja para Patos de Minas para enfrentar a URT, já a raposa recebe o Guarani no Mineirão.

Intenso e Faltoso

Visitante, o Cruzeiro não se intimidou. E logo aos três minutos quase mexeu no placar em boa cabeçada de Dedé, que Victor fez boa defesa, impedindo o gol celeste. O Atlético respondeu também em bola parada, Ronaldinho cobrou falta pelo lado direito e a bola passou com perigo pelo lado direito do gol de Fábio.

A partir disso os lances de perigo começaram a aparecer mais com um novo fator: A arbitragem. Aos 13 minutos Tardelli chutou bola na trave, mas o juiz marcou impedimento incorreto. Pelo lado azul, Goulart recebeu passe de Dagoberto fez o gol, mas foi flagrado corretamente adiantado pela arbitragem.

Bem marcados, as principais estrelas do jogo pouco apareceram. Éverton Ribeiro não teve espaço com Pierre e Ronaldinho foi ofuscado pelo estreante em clássicos Rodrigo Souza.

Intenso, com muitas faltas e com o Cruzeiro levemente melhor, o jogo seguiu sem gols até o fim do primeiro tempo. O arbítro, Igor Benevenutto foi muito questionado e teve que se segurar para não mandar ninguém para o chuveiro mais cedo.

Galo melhor, mas sem gols

O segundo tempo voltou bem parecido com o primeiro, agudo. No entanto, o time da casa voltou melhor. O galo empurrava a raposa para seu campo. Fernandinho se movimentava bem pelos dois lados do gramado. 

O Cruzeiro tentava oferecer perigo ao gol de Victor nos contra-ataques, mas sem sucesso. Tentando recuperar um pouco as ações no meio de campo, o técnico Marcelo Oliveira colocou Marcelo Moreno, Mayke e Marlone, também com ineficiência. 

Pelo lado alvinegro, Paulo Autuori substitiuiu Neto Berola pelo apagado Diego Tardelli, e o atacante ex-Vitória desperdiçou a chance de mudar a história do jogo quando passou a bola para Marcos Rocha travada por Dedé. O clássico se arrastou sem gols até o apito final do arbítro.