Logo após a partida contra o Vitória da Conquista nessa quarta-feira (19) na Arena Fonte Nova, a espera da imprensa era pelo técnico do Bahia, Marquinhos Santos, mas foram os jogadores Wangler, Marcelo Lomba, Rafael Miranda e Lucas Fonseca que falaram na entrevista.

"Não estamos bem, mas não é um abismo. Temos que ter coerência. Ver os pequenos erros que estão se transformando em grandes erros e reparar isso. Tínhamos o jogo desta quarta-feira dominado e tomou o gol de bobeira. Estamos empenhados em mudar isso. No domingo, vamos entrar em campo pra pirão. Não pode dar bobeira. O clássico determina muita coisa. Domingo é a vera. Não pedimos desculpas pelo empate contra o Conquista, mas ficamos sentidos. Não estamos aqui para se omitir. A culpa é nossa. Todos dividem a responsabilidade", disse o goleiro Marcelo Lomba na coletiva após o jogo.

Rafael Miranda também falou. Um dos líderes do grupo, o jogador explicou o por que da entrevista "diferente". Para ele, foi uma forma de dividir a responsabilidade pela má fase do Bahia.

"Na verdade, foi uma decisão em conjunto. Nesse momento, a imprensa, os torcedores, querem sempre procurar um culpado. Nossa intenção é dividir essa responsabilidade. Nesses momentos, o técnico é o primeiro a ser indicado como culpado. Queremos dividir isso. A comissão técnica tem a responsabilidade dela. A diretoria também. Mas a maior responsabilidade é nossa. Optamos por vir aqui e falar. Lomba como capitão, o Lucas e eu como líderes e o Wangler que fez o gol. Foi uma iniciativa também de jogadores que não estão aqui. Assumimos essa responsabilidade", afirmou o zagueiro.

"Na corda bamba", Marquinhos Santos assume erros

O clima ao redor do treinador tricolor não é dos melhores. Sendo vaiado pelos torcedores, Marquinhos Santos encara o clássico BAVI no domingo (23) como jogo-chave.

"Qualquer situação que seja posta não serve como justificativa. Não fujo de minhas responsabilidades. Cada um tem sua responsabilidade. A culpa não é de ninguém; a responsabilidade sim. Não tivemos um bom segundo tempo. Tivemos um primeiro tempo com o time buscando possibilidades e não fazendo. No segundo tempo, o time descompactou e desfez uma estrutura formada. Não saímos nem um pouco satisfeitos com o resultado ou com o jogo" , disse o treinador

"Não fujo das minhas responsabilidades. A equipe apresentou evolução. Sei que tenho uma parcela em relação a isso. O clássico se torna importante para a sequência de trabalho. Não há equipe em melhor ou pior momento. Queremos deslanchar e ganhar confiança. Os jogadores estão de parabéns. É um grupo que tem trabalhado demais. Um grupo que tem personalidade, caráter, e que tem um brigando pelo outro. Eu no comando tenho consciência da continuidade, mas sabendo de como é o futebol" , completou.

O Bahia volta a campo novamente no domingo (23) contra o Vitória, para a realização do primeiro clássico BAVI do ano pelo Campeonato Baiano.