Sem patrocínio máster desde o rompimento do vínculo com a Kia Motors após o Campeonato Paulista de 2013, o Palmeiras pode enfim dar um passo importante para acertar um acordo com a Caixa Econômica Federal. As tão esperadas Certidões Negativas de Débito, que comprovam a ausência e dívidas fiscais do clube, podem sair na semana que vem. Sem esses documentos, não é possível assegurar uma parceria com um órgão público.

Há relatos de que existem outras empresas negociando, porém, as chances de um acerto com a Caixa são de 90%. No final de 2013, o departamento de marketing do Palmeiras realizou uma apresentação formal à diretoria da empresa, ressaltando os benefícios ao investir no clube no ano de seu centenário. Se o acordo realmente for fechado, o Alviverde deverá receber aproximadamente R$ 25 milhões até o final da temporada.

Enquanto nada é firmado, o Verdão estampa no espaço nobre da camisa suas próprias marcas, como o programa sócio-torcedor Avanti e a mais nova TV Palmeiras, a fim de divulga-las. Além disso, o clube também busca patrocínios pontuais. No Derby paulista, foram estampadas quatro marcas na camisa, arrecadando o total de R$ 400 mil.

O Palmeiras tem um déficit fiscal que está em torno de R$ 35 milhões. O objetivo a diretoria é parcelar o valor. A ideia do clube era usar parte do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), um empréstimo com juros mais baixos que os habituais com o prazo de cinco anos para efetuar o pagamento, no valor de R$ 54 milhões, para renegociar este valor, mas o montante ainda não foi liberado.

A liberação ainda não aconteceu pois o contrato com a Rede Globo dos direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Paulista, que é uma garantia da transação, está bloqueado na justiça por conta da dívida envolvendo a compra de Wesley, ainda na gestão de Arnaldo Tirone.

Após ação de Antenor Angeloni, presidente do Criciuma e assegurador da compra do jogador do Werder Bremen (ALE) em 2012, R$ 21 milhões estavam travados. Entrando com recurso, o Palmeiras baixou o valor para aproximadamente R$ 6,5 milhões. O caso ainda tramita no poder judiciário.