O primeiro período de transferências internacionais de jogadores do ano de 2014 foi iniciado no dia 8 de janeiro. De lá pra cá, a diretoria do Fluminense não conseguiu realizar a desejada reformulação do elenco e, muito menos, reforçar as áreas de carência do elenco. No mínimo, contratou o meia Chiquinho, vindo da Ponte Preta; o ídolo Darío Conca, que já havia assinado pré-contrato com o clube em novembro de 2013; e conseguiu o empréstimo do atacante Walter, que brilhou no Brasileirão pelo Goiás, mas ainda é jogador do Porto, de Portugal.
 
Pelo menos até esta segunda-feira (31), o período em que serviria para melhorar o elenco e, consequentemente, o desempenho do Tricolor, está terminando. O Fluminense tem apenas esta terça, 1° de abril, para agir. A próxima janela de transferências só será aberta no dia 14 de julho, depois da Copa do Mundo, e já terão sido realizadas nove rodadas do Campeonato Brasileiro.
 
Desentendimento entre clube e patrocinadora marca período sem contratações
 
Nos bastidores do clube, há um grande problema. O presidente Peter Siemsen, o vice de futebol, Ricardo Tenório e Celso Barros, presidente da Unimed, patrocinadora do Flu, não se entendem. Há uma verdadeira queda de braço entre diretoria e patrocinadora. O técnico Renato Gaúcho chegou a pedir reforços, deu nomes, porém, não foi atendido. Como explicação para isso, um desejo. Barros quer o diretor-executivo Rodrigo Caetano, hoje no Vasco da Gama, de volta às Laranjeiras. A diretoria tricolor bate de frente, não entra em acordo e, por isso, o mandatário da Unimed afirmou que não ajudará em novas contratações.
 
Algo que marca esta segunda gestão de Peter Siemsen é a relação conturbada com Celso Barros. Como o clube sofre problemas financeiros e parece longe de ficar independente da Unimed, o Flu acaba cedendo às vontades de Barros, o que desgasta a parceria.
 
Sem padrão tático e sem reforços, Renato alerta carências, mas não é atendido
 
Desde quando voltou às Laranjeiras, no início da temporada, Renato Gaúcho sempre vem comentando em entrevistas coletivas que o elenco precisa ser reforçado. Já pediu um atacante de velocidade, para jogar pelos lados. Pediu também zagueiros e laterais, posições em que o time sofre carência há um bom tempo. "Precisamos oxigenar o grupo", disse o treinador, após ser eliminado pelo Vasco, na semifinal do Campeonato Carioca.
 
O Fluminense flertou com vários jogadores de janeiro à março. Peter chegou a se encontrar com o volante Elias, ex-Flamengo, em Portugal. Mas o jogador está em negociações avançadas com o Corinthians. Em janeiro, os zagueiros Gustavo Gómez e Ronald Huth, ambos com passagens pela seleção paraguaia, foram oferecidos, porém, nada concretizado. Já nos últimos dias, os argentinos Carlos Izquierdoz, zagueiro do Lanús e Walter Kannemann, lateral-esquerdo do San Lorenzo, entraram na pauta tricolor. Entretanto, o Flu decidiu manter cautela, pois não está em condições de adquirir os direitos destes jogadores e pretende fechar empréstimo em ambos os casos, o que fica mais difícil.
 
Como saída, 'garimpo' pelo Brasil
 
Sem sucesso no exterior, ao Fluminense resta investir no Brasil. O clube procura talentos em times pequenos, que estavam, ou ainda estão atuando nos Estaduais. O zagueiro Marcelo, do Volta Redonda, vive a expectativa de fechar contrato com o Tricolor. Em conversas mais avançadas, o jovem volante Edson, do São Bernardo, pode ser anunciado a qualquer momento pelo clube das Laranjeiras. Outros jogadores que interessam são os laterais Luiz Paulo, do Madureira, e Rodrigues, do Duque de Caxias.