A contratação do meia Kaká pode gerar um novo conflito entre dirigentes do São Paulo, isso porque a divulgação da contratação por empréstimo do jogador feita pelo presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, não foi bem vista por outros dirigentes.

O vice-presidente de futebol da instituição, Ataíde Gil Guerreiro, em entrevista ao portal LanceNet, se mostrou preocupado com os altos valores da negociação, que podem ser um empecilho para o retorno do atleta ao Morumbi, discordando das declarações de Aidar, que já teria dado a contratação como certa.

"O São Paulo não tem condições de pagar o salário. É fora do padrão. Sentei com o pai do Kaká no mesmo dia em que o Aidar estava na Arena Corinthians, e o que temos a oferecer é bem inferior ao que querem", revelou.

"O dono do Orlando City também estava presente na reunião e eles querem encontrar algum clube brasileiro que pague integralmente o salário do jogador durante esses seis meses. Fiz uma proposta até o máximo que podíamos. Embora tenha o interesse de todas as partes, é muito difícil pelo financeiro. Acho que o Aidar entendeu errado o que eu falei. Ainda não existe nada", comentou.

O dirigente também se mostrou muito preocupado com a reação dos torcedores caso o atleta não volte ao Tricolor, e citou o caso do zagueiro Diego Lugano, quando foi contrário à vinda do atleta devido ao alto salário, e foi duramente criticado pela torcida.

"Estou muito incomodado. Se não der certo, a torcida vai me criticar assim como fez com o caso do Lugano. Eu vejo isso como fora da realidade", completou Ataíde.

De acordo com as palavras do cartola, a vinda de Kaká ainda não está fechada, mas o Orlando City já demonstrou o interesse de emprestar o atleta até o final do ano, uma vez que a Major League Soccer terá início apenas em 2015, e o São Paulo é visto pelo clube norte-americano como a melhor opção para o jogador manter-se em atividade até o final da temporada.