Em jogo válido pela volta das oitavas de finais da Copa do Brasil, o Santa Rita-AL recebeu o Cruzeiro em Araparica, nesta quarta-feira (03), com uma missão praticamente impossível: tirar a vantagem de cinco gols conquistada pela Raposa na primeira partida. Em dois tempos distintos, os mineiros conseguiram ser melhores e venceram o jogo por 2 a 1, após sairem atrás no placar com gols de Júlio Baptista e Marcelo Moreno, enquanto Cristiano abriu o placar para os alagoanos.  

Fato é que a vitória tranquila em Belo Horizonte já havia sacramentado a presença do Cruzeiro na fase seguinte. O jogo em Alagoas foi apenas um “treino de luxo” para a equipe celeste, que briga por mais um título na temporada.

No agregado, a equipe venceu por 7 a 1 e confirmou o favoritismo diante do time alagoano, que fez a melhor partiicipação na Copa do Brasil em sua história e tem lá seus motivos para comemorar. 

Com a classificação, os cruzeirenses agora enfrentam o ABC nas quartas de final. A equipe de Natal desbancou o Vasco, vencendo por 3 a 2 no agregado e chegou à fase pela primeira vez em sua história.  A Confederação Brasileira de Futebol divulgará as datas dos confrontos nos próximos dias.

Mais disposto para o jogo, Santa Rita-AL abre o placar no primeiro tempo

Apesar da desvantagem, os semblantes dos jogadores da equipe alagoana pareciam tranquilos antes de bola rolar. Quando o jogo começou, se via um futebol morno apresentado por ambas as equipes, como já era esperado. Afinal, a vantagem do Cruzeiro era quase impossível de ser recuperada.

Com novas caras em campo, como Marlone e Neilton, a equipe celeste tentou trabalhar melhor a bola. O Santa Rita-AL, do outro lado, corria pelo campo aparentemente sem muita responsabilidade.

A primeira finalização em gol só veio aos 15 minutos de bola rolando, quando Jeanderson testou Fábio com um chute de longas distância; o arqueiro da Raposa praticou a defesa sem maiores dificuldades. Os visitantes tentaram responder no lance seguinte, mas o árbitro assinalou falta de ataque comedita por Júlio Baptista.

O Leão da Mata resolveu ir ao ataque. Porém, a zaga cruzeirense, muito bem postada, não dava muitos espaços, com Manoel e Léo muito cientes de suas obrigações. A solução foi apelar para  as bola áreas, o que também não trouxe resultado.

A verdade, quase absoluta, era que o jogo não era bom. Sonolento, “cansado” e arrastado. Tanto do lado alagoano quanto do mineiro. Restou do Santa Rita-AL segurar a posse de bola e tentar não deixar o Cruzeiro gostar do jogo. Mas, só esboçar não seria suficiente para os anfitriões.

Ainda na primeira etapa, os donos da casa tentaram levar perigo e tiveram sucesso. O goleiro Fábio falhou mas Léo cortou o chute e botou para escanteio. Na cobrança, o Santa Rita-AL aproveitou o rebote para abrir o placar. Reinaldo Alagoana bateu cruzado e Cristiano completou para as redes no último ato do primeiro tempo; 1 a 0 em Arapiraca. 

Cruzeiro acorda no segundo tempo e fica com a vitória

Ao contrário do começo do jogo, a etapa final teve um início quente.  Logo no primeiro lance, Júlio Baptista deu bom passe para Marlone, que finalizou encobrindo o goleiro Jefferson. A bola, caprichosamente, beijou o travessão e a zaga do Santa Rita-Al afastou o perigo no rebote.

E a Raposa não parou por aí. Depois foi Neilton que fez bonita jogada e quase empatou a peleja. A marcação chegou com muita eficiência para praticar o corte. Em seguida, o atleta foi substituído por Marcelo Moreno, que vem em grande fase e entrou para corrigir o problema do ataque cruzeirense.

Aos 24, o juiz Renan Roberto de Souza deu toque de braço do zagueiro Selmo Lima na área e marcou pênalti. Na cobrança, Júlio Baptista bateu com tranquilidade e deixou tudo igual em Arapiraca. E não demorou muito para que o Cruzeiro passasse à frente. Marlone fez ótima jogada pela direita e rolou para atrás, Marcelo Moreno chegou para completar e virar o jogo.

Depois, Eduardo Neto promeveu mudanças no Santa Rita-AL, que tentava pelo menos ficar com o empate. O veteraníssimo Júnior Amorim entrou na vaga de Edson Magal. Mesmo assim, pouca coisa mudou. Faltava qualidade na hora das finalizações, além da boa atuação da defesa cruzeirense. 

O Cruzeiro acabou se reencontrando, se manteve com mais posse de bola e saiu vitorioso de campo. Agora,  para a equipe celeste, que ruma ao título da competição nacional.