No fim da tarde desta segunda-feira (07), o técnico Luiz Felipe Scolari concedeu, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, local da partida contra a Alemanha, na terça-feira (08), às 17h00, a entrevista coletiva oficial, da Fifa, antes do duelo, que dará uma vaga para a decisão da Copa do Mundo 2014. Entre os assuntos abordados, como já era esperado, o treinador falou sobre a ausência de Neymar, que não jogará mais neste mundial por conta de uma fratura na terceira vértebra lombar. De acordo com Felipão, o camisa 10 deixou muito dele na seleção e, agora, a equipe jogará, também, por ele. 

“Ao nos deixar, o Neymar deixou muito dele conosco e levou muito de nós com ele. Ele fez a parte dele, agora é a nossa que temos que fazer. É um jogo importantíssimo, que pode nos levar à final. Não jogamos só por nós, mas pelo país, por tudo que sonhamos e também um pouco de cada um de nós pelo Neymar”, afirmou o técnico Felipão. 

Antes do começo da Copa do Mundo, um dos nomes que sempre estavam presentes nas listas dos favoritos para ganhar o mundial era o da Alemanha, principalmente, pelo bom futebol apresentado e, também, por conta da preparação. Para Felipão, o Brasil precisa respeitar a Seleção Alemã, que ele classificou como muito boa e equilibrada em todos os setores. Mas, o treinador também afirmou que a Seleção Brasileira tem que se impor dentro de campo. 

“A Alemanha é uma seleção que tem equilíbrio em todos os setores. Tanto na defesa, no meio, no ataque. Plano de jogo muito bom. Não se pode pensar numa situação de tranquilidade porque A ou B não jogam. Não vamos nos esquecer que esse time da Alemanha vem a seis anos se preparando para a Copa do Mundo. Nós temos que respeitar a Alemanha por tudo que ela fez, faz e pela forma que joga, mas temos que impor nossa forma de jogar. Será definido antes do jogo. Embora o adversário se porte de um jeito, vamos nos impor da nossa forma. Acho que vamos causar algumas dificuldades para a Alemanha”, comentou. 

Com relação à escalação da equipe para o jogo desta terça-feira (08), o técnico Luiz Felipe Scolari não quis saber de revelar. A única pista deixada pelo treinador foi que, se optar por um esquema com dois volantes, os laterais não terão tanta liberdade. Neste caso, ele provavelmente optaria por Maicon na direita. Já se jogar com três volantes os laterais terão mais liberdade e, com esse modelo de jogo, Daniel Alves deve ser o escolhido. 

“Eu já tenho o time que começará jogando, mas não vou falar. Única coisa que eu posso dizer é que, se eu jogar com três volantes, uma das condições que posso jogar, é dar liberdade aos laterais. E se jogar com dois, vou dar menos liberdade, mas acrescentar alguma situação diferente para causar algum prejuízo para Alemanha”, pontuou. 

Por fim, Felipão disse que não foi nada fácil decidir o substituto de Neymar. O treinador elogiou bastante o trabalho dos observadores da Seleção Brasileira, Alexandre Galo, que também é técnico das divisões de base, e o ex-jogador Roque Júnior. Segundo Felipão, o trabalho dos dois “facilitou” no momento de escolher quem ficaria com a vaga de Neymar. 

“Não foi fácil decidir. Mas não esqueça o que eu sempre passo a vocês, é que tenho um grupo de trabalho espetacular, o Galo e o Roque Júnior. Assistimos aos jogos, e quem nos deu a confiança de que vamos fazer o certo, o correto, foram os observadores, o Galo e o Roque. Quando tem um grupo de trabalho, confia e diz assim: "É esse o nosso grupo", a gente fica tranquilo para a escolha”, encerrou.