Com a confirmação do último ano como jogador profissional, o goleiro Rogério Ceni tem um plano de se tornar técnico de futebol nos próximos anos. Com isso, os EUA pode ser o país escolhido para o goleiro estudar e se aprimorar ainda mais. A ideia de Ceni agrada o atual treinador do Tricolor, Muricy Ramalho, que em entrevista nesta sexta-feira (8), abordou o assunto e se colocou à disposição para auxiliar e ajudar o jogador na nova função que ele terá à beira dos gramados.

O contrato do treinador com o clube do Morumbi vai até o final de 2015, podendo se estender por alguns anos, caso as partes queiram. Mas em conversa com pessoas próximas, Muricy Ramalho deixou no ar a possibilidade de fechar o ciclo no Tricolor ao término do seu contrato, pensando em curtir a família.

“Tomara que esse projeto seja bem feito. Posso até ajudar, afinal estarei parando. Eu não sei quando isso vai acontecer, mas posso dizer que o Rogério precisará se preparar muito bem. Afinal, ser técnico de futebol não é apenas fazer um estágio e comandar. Isso aqui parece fácil, mas se torna complicado a partir do momento em que você se torna o cara. É importante ter um tempo de bagagem", disse Muricy.

Auxiliar técnico na década de 90, Muricy fala com propriedade de quem começou com dificuldades ao assumir o São Paulo na saída de Telê Santana. Ainda muito novo e despreparado, o treinador sofreu com muitos resultados negativos.

“Existia esse projeto de formar um técnico na época do Telê. Eu comecei no sub-11 e fui subindo até chegar a ser auxiliar dele. Pensavam na época num trabalho conjunto de três anos, mas seu Telê ficou doente e precisei assumir antes. E isso custou muito caro. O início do trabalho não foi bom, afinal não estava preparado. Você precisa de tempo e de aprendizado. As coisas podem dar certo no início, mas as dificuldades vão aparecer”, finalizou Muricy.

Com situação mais tranquila nesta passagem, o treinador vem tendo cartas brancas do presidente Carlos Miguel Aidar, que é seu protetor dentro do clube, não correndo riscos de ser demitido mesmo passando por uma fase irregular da sua equipe no Campeonato Brasileiro, onde vem de três jogos sem vencer.