Além de brigar pelo acesso, o Náutico também tem um adversário complicado fora das quatro linhas: o atraso de salários. Problema de longa data, o assunto voltou a ser abordado por alguns jogadores da equipe, que se mostraram bastante. Após a derrota para o Atlético-GO, no último sábado (25), o volante Paulinho revelou que os fatores extracampo vêm atrapalhando o grupo.

"Infelizmente estão acontecendo algumas coisas que têm atrapalhado dentro de campo. Não são só os salários, mas outras coisas. É uma coisinha aqui, outra ali, que acabam interferindo quando a gente entra para jogar", disse o cabeça-de-área, sem dar muitos detalhes da situação.

A declaração ganhou apoio do meia Vinícius, que é peça fundamental ao esquema do Timbu, também reconheceu o momento difícil, um dos fatores responsáveis por prejudicar a queda no rendimento, de acordo com o atleta.

"Eu estou com Paulinho nessa. Influencia sim. Todo trabalhador conta com o dinheiro no final do mês para pagar suas contas. Este é um problema não só do Náutico, mas que ocorre no Brasil inteiro. Temos nossas famílias e somos seres humanos, isso nos prejudica", lamentou o meio-campista, que também reiterou procurar deixar tudo isso de lado ao entrar em campo.

"Mas eu falo por mim: quando estou dentro de campo, esqueço esses problemas. O grupo todo sabe que, mesmo com os problemas, não podemos levar para dentro de campo. Temos de continuar pensando no acesso porque matematicamente, a chance existe”, completou.

Já para o atacante Sassá, os salários atrasados não são os responsáveis pelos últimos resultados do Timbu, garantindo que o foco deve ser somente na vitória e ignorar os fatos externos para voltar à luta para o retorno à elite do futebol nacional.

“Perdemos Tadeu e Roberto, jogadores importantes. Salário não influencia muito. Você acaba ficando pensativo, mas temos que nos esforçar pra vencer. Temos que estar focados nos seis jogos e conseguir os resultados”, assegurou o artilheiro.

Há cerca de 20 dias, o elenco alvirrubro ameaçou fazer uma greve por conta do atraso de salários, mas após uma conversa com o treinador Dado Cavalcanti e membros da diretoria, optou pela desistência.