O empate em 0 a 0 com o Oeste na última terça-feira (4), recolocou o Avaí momentaneamente no G-4 da Série B, mas não foi o resultado esperado pelo time, nem pela torcida. Após quatro derrotas consecutivas, o Avaí chegou a 53 pontos com o ponto conquistado, mas alcançou a marca de cinco jogos sem vencer.

Segundo o técnico Geninho, a vitória era o ideal na partida e acha que a situação emocional dos jogadores foi um dos motivos para o tropeço do Avaí na Ressacada.

"Acho que a necessidade básica era a vitória, independente de jogar bem. Houve mais coração do que técnica, o querer ganhar. O time todo errou, mas todo mundo querendo e alguns erros motivados pelo excesso de vontade. A situação do Avaí em si, pregava uma vitória, um jogo que poderia colocar o Avaí em uma situação  mais tranquila. Mas a maioria do grupo não tem estrutura emocional para sustentar isso e muito erro. Criamos algumas chances no começo, jogadas mais lúcidos e não definimos da maneira correta", afirmou.

Ao final do jogo, alguns torcedores vaiaram o time na Ressacada, cobrando mais empenho. Geninho tratou esse comportamento como natural, dizendo que a torcida tem todo o direito de se manifestar.

"Eu nunca critico a torcida, ele raciocina com coração. Se o time tivesse ganhado, era festa. Como você vai criticar a manifestação de desagrado dos frustrados? Você tem que entender. Eu não critico a torcida, a única coisa que eu repudio é a violência, que aí perde a razão. É preciso saber conviver com isso. Eles já elogiaram e muitos acharam no começo que o Avaí ia lutar para cair, mas criou a expectativa pela campanha e gerou a expectativa. E você precisa vencer para o torcedor ter a esperança de que possa acontecer. O torcedor tem razão sempre", disse.

Para a sequência da Série B, Geninho espera que possa contar com os jogadores que estão no Departamento Médico, mas admite que não tem muitas opções para mudar o jeito de jogar já nessa reta final do campeonato.

"Nos 12 jogos que ficamos invictos, meu ataque não fazia gol, mas o meio sim. E a bola parada era forte, eles marcaram. Quando parou isso, parou o gol e as vitórias pararam. Faltando três, quatro rodadas, você mudar o esquema é complicado. E você olha o plantel não tem muito o que fazer, tentei Marquinhos de atacante, três homens na frente. Algumas coisas você não pode fazer e com o que temos, são poucas opções. Eu tenho oito atacantes e todos tiveram chances. Eu espero ter mais dois atacantes no próximo jogo, o Roberto, que voltou, estava bem. E o Diego Viana, que e machucou e pode ajudar, é o único com característica de pivô. Você pode colocar o João Filipe mais à frente, alguma coisa assim", explicou.

Apesar do resultado, Geninho admitiu que esse ponto pode ser importante no fim do campeonato, mas admitiu que a situação de depender dos resultados dos outros não é a ideal. 

"Todo jogo começamos com um ponto e manda o bom senso que você segure esse ponto. Lá na frente ele pode se tornar importante. Eu vou tirar Ponte e Joinville, que são equipes bem qualificadas, mas fizemos alguns jogos que se a gente tivesse mantido um ponto, eu estaria com 55. Um ponto sempre é importante e de repente esse ponto que a gente ganhou pode ajudar. É ruim depender dos outros, mas o campeonato está se encaminhando assim e vamos torcer por tropeços. Importante você ter chance de chegar, eu só desisto quando dois mais dois precisarem ser cinco", falou.

Como ponto positivo da partida, Geninho destacou a dupla de zaga, exaltando a atuação de Pablo e Antônio Carlos: "A zaga do Avaí voltou a jogar bem depois de muito tempo. A dupla titular se portou muito bem e foi um dos poucos setores que funcionou".

O Avaí só volta a campo daqui a dez dias. Pela 35ª rodada, o time vai ao Independência, para enfrentar o América-MG, na sexta-feira (14). Até lá, o time pode cair até para a 7ª posição na Série B.