Alto salário e pouca produtividade. Assim resume a passagem de Dagoberto pelo Vasco da Gama neste primeiro semestre, porém, a diretoria cruzmaltina reformula o elenco, após a saída do técnico Doriva, para tentar uma reação no Campeonato Brasileiro, uma vez que a equipe carioca é a lanterna da competição. Para contratar, é preciso cortar gastos e enxugar a folha salarial, e pensando nisso, o Vasco cogita a possibilidade de devolver Dagol ao Cruzeiro, clube no qual o atacante possui contrato até dezembro deste ano.

Em entrevista ao UOL Esporte, o supervisor de futebol da Raposa, Benecy Queiroz, foi taxativo e negou o retorno do camisa 11 para a Toca da Raposa II: "Não existe a menor probabilidade e nós não vamos aceitar isso (devolução de Dagoberto)", afirmou. O Cruzeiro ainda paga metade do salário de Dagol, sendo a outra metade, paga pelo Vasco da Gama.

Dagoberto foi comunicado no início da temporada, que não faria parte do elenco principal do Cruzeiro neste ano. O presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, tentou reverter a situação, cogitando reintegrar o jogador, porém o veredito final do afastamento, foi tomada pelo treinador da equipe, na ocasião, Marcelo Oliveira, que justificou a decisão, como uma forma de dar oportunidades aos jovens da casa.

"Eu ouvi isso (declarações do Gilvan), até nem li. Não sei de onde está se alimentando essa história, não sei quem está nutrindo isso. Fizemos um planejamento no fim do ano passado, na época da minha renovação, e isso passava por essa situação. Queremos dar oportunidades ao Alisson, ao Willian, ao Marquinhos, ao Arrascaeta, ao Judivan, aos atletas que vieram. Então, vamos conversar sobre esses jogadores que permanecerão no Cruzeiro”, disse Marcelo.

O atacante se ausentou dos treinos da Raposa, por dez dias, liberado para acertar com uma nova equipe, mas como isso não aconteceu, Dagoberto voltou à Toca da Raposa II, onde passou a treinar em horário diferente da equipe principal, com outros jogadores que também não seriam aproveitados na atual temporada. O jogador não gostou da forma como tudo aconteceu, se sentindo frustrado e injustiçado, não entendendo o motivo do afastamento. Com a camisa Celeste, Dagoberto jogou 81 partidas, marcando 23 gols e foi bicampeão Brasileiro pelo clube.