A Chapecoense até tentou segurar um bom resultado contra o River Plate na primeira partida válida pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. O time catarinense chegou a igualar o marcador, mas sucumbiu à pressão e os argentinos venceram por 3 a 1. O segundo confronto está marcado para às 22 horas desta quarta-feira (28), na Arena Condá, em Chapecó.

Ter que superar uma desvantagem imposta no duelo inicial não é fácil. E quando o adversário é tradicional e o atual campeão do segundo torneio interclubes mais importante da América Latina, a situação pode ficar ainda mais complicada. No entanto, o Verdão do Oeste pode seguir o exemplo de outro time que disputou uma competição continental inédita e teve de enfrentar os Millonarios. Nesse especial, relembre como foi o confronto entre Paulista de Jundiaí x River Plate, válido pela Taça Libertadores da América 2006.

O Paulista de Jundiaí surpreendeu o futebol nacional ao passar por times tradicionais na Copa do Brasil de 2005, como Botafogo, Internacional, Cruzeiro e derrotou o Fluminense na grande decisão. Com isso, conquistou a vaga na Taça Libertadores da América do ano seguinte. Após o sorteio realizado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o Galo da Japi ficou no grupo 8, ao lado do River Plate-ARG, do Libertad-PAR e do El Nacional-EQU.

Chegou o dia 05 de abril de 2006. O Estádio Jayme Cintra, em Jundiaí, estava completamente lotado para acompanhar o confronto mais esperado do torcedor tricolor. Uma derrota deixava a equipe eliminada na competição. Mas o sonho de escrever uma façanha, um momento histórico, bateu mais alto. E a noite daquela quarta-feira foi histórica.

O River Plate, comandado pelo ídolo Daniel Passarella, atuou com o time reserva, exceto o goleiro Lux. A equipe brasileira mostrou aplicação tática e construiu a vitória em 17 minutos. Aos seis minutos do primeiro tempo, Amaral emendou um forte chute da intermediária, surpreendeu Lux e balançou as redes. Aos 17 minutos, após boa jogada e cruzamento na lateral-direita, Jaílson desviou de cabeça e aumentou a vantagem do Paulista. Em seguida, Patiño roubou a bola após cobrança de escanteio e arriscou de fora da área para diminuir o marcador.

No segundo tempo, Daniel Passarella colocou três jogadores titulares para mudar a sorte argentina na partida. O time procurou atacar, impor pressão mesmo como visitante. Bem postado no setor defensivo, porém, o Paulista neutralizou as investidas ofensivas e garantiu uma vitória inédita e inesquecível.