Alex, ex-jogador de Palmeiras, Cruzeiro, Coritiba e Fenerbahçe, lançou nesta terça-feira (10) a sua biografia “Alex, A Biografia” em São Paulo, SP. O evento foi realizado na Livraria Cultura, localizada na Avenida Paulista.

O livro foi produzido em uma parceria idealizada entre o craque e o escritor Marcos Eduardo Neves, autor de livros como: “Nunca houve um Homem como Heleno”, que serviu de base para o filme Heleno e “Anjo ou Demônio – a polêmica trajetória de Renato Gaúcho”.

O evento contou com a presença de ex-jogadores como Djalminha, Roque Junior e Zé Elias.

A obra traz toda a trajetória da sua vitoriosa carreira desde seu começo até o fim dela. De 1977 a 2014. Vários episódios foram registrados, tanto bons quanto maus. Marcos dividiu o livro em 14 capítulos, como por exemplo: “A América aos pés – Palmeiras 1997-2000” e “Anos Dourados – Fenerbahçe 2006-2008”. Ela também traz depoimentos de pessoas que trabalharam com o atleta ou admiradores do seu trabalho.

Zico afirmou que Alex foi o grande jogador com quem trabalhou: “Alex foi, sem dúvida, o grande jogador com quem tive o privilégio de trabalhar. Era dono de uma capacidade sobrenatural de enxergar o jogo. Seu futebol era clássico, refinado”.

O galinho também falou sobre a ausência do meia na Copa de 2002: “Porém, acabou sendo injustiçado ao não disputar nenhuma Copa do Mundo. A meu ver, ele deveria ter integrado a seleção  brasileira em 2002.”

Outro que deixou seu depoimento para a obra foi Tostão, tricampeão mundial pela seleção brasileira: “Alex foi ídolo do Coritiba, do Palmeiras, do Cruzeiro e do Fenerbahçe, da Turquia. É um dos craques que não jogaram uma Copa do Mundo. Alex era muito técnico, minimalista. Em poucos lances e com poucos movimentos, decidia a partida. Não tinha excessos nem firulas. Mesmo sendo um meia armador, de passes espetaculares, fez também muitos gols, mais de quatrocentos, muitos belíssimos, magistrais.”

Na obra, Alex confessa a mágoa por não ter sido convocado para Copa do Mundo de 2002 e afirmou que bebeu durante o período em que ela ocorreu: "Nunca fui de beber, mas comecei a tomar cerveja e vinho. Passei uns 40 ou 50 dias de loucura. A imprensa falando de Copa do Mundo (de 2002) e eu nem sabendo o que estava rolando. De acordo com o fuso horário da Coreia do Sul e do Japão, os jogos aconteciam de madrugada. Naqueles horários, eu estive bêbado ou dormindo. Eu era um f....". Também disse que perdoa o “técnico Felipão”, mas não a “pessoa Felipão”.

O livro também mostra a entrada do ex-jogador no movimento “Bom Senso FC”, ocorrida em 2013, ele virou um dos líderes do movimento.