A sexta-feira (13) de David Luiz, foi dramática. Além da expulsão inédita na carreira, diante da Argentina, em Buenos Aires, o zagueiro da Seleção Brasileira teve que conviver com a angústia após o clássico. O jogador, que atua no PSG, da França, ficou sabendo dos atentados terroristas que o país sofreu, após o duelo no Monumental de Nuñez, e logo que soube, ligou para a namorada e amigos que vivem na região, para saber da situação.

"Liguei para minha namorada e meus amigos para saber se estavam bem. Estou muito triste com tudo isso. Que Deus possa confortar o coração de quem perdeu familiares, e que isso termine logo. Eles falaram muito rapidamente sobre atentados em diferentes partes da cidade. Estavam muito tristes, assustados, com medo. Isso é normal", relatou com os olhos marejados.

O zagueiro não escondeu o sentimento de medo, ao ter que voltar para a capital francesa, onde mora. Mesmo expulso quase no fim da partida, David Luiz quer seguir com o restante da seleção para Salvador, onde enfrentam o Peru, na terça-feira (17). O atelta quer motivar o restante do elenco, e mesmo não podendo ficar nem no banco de reservas, David enxerga importância nos jogadores não relacionados.

"Eu quero ficar. Acho que faz parte do nosso trabalho, mesmo quando não vamos jogar, treinar, apoiar e motivar os companheiros. Se depender de mim, eu fico", disse.

David Luiz concordou com a expulsão, mas ressaltou que o árbitro paraguaio, Antonio Arias, deveria ter utilizado o mesmo critério para a Argentina, na questão do segundo cartão amarelo: "Eu já tinha cartão amarelo, adiantei a bola e fui mais para me proteger do que por maldade. Recebi o segundo cartão amarelo, como vários argentinos poderiam ter recebido, mas não foram dados. Não sei se tocou nele, mas são mais de 400 jogos na carreira, um dia iria chegar. Infelizmente chegou. Eu gostaria que não tivesse acontecido", concluiu.