O Brasil conquistou ótima vitória sobre o Peru por 3 a 0. O resultado positivo rendeu à equipe verde e amarela mais uma subida na tabela de classificação. Agora, chega ao terceiro lugar, somando sete pontos em 12 disputados. Após derrota na estreia, a Canarinho conseguiu dois triunfos em casa e um empate diante da Argentina longe de seus domínios.

Após a partida, realizada em Salvador, o técnico Dunga abordou diversos pontos. De início, fez uma autoanálise e com a expectativa primária da Seleção Brasileira na disputa das Eliminatórias Sul-Americanas, garantindo ter evoluído. O treinador afirmou que vai buscar terminar no grupo classificatório ao Mundial, mesmo com as adversidades, tanto dentro, como fora das quatro linhas.

"Eu fecho o ano com mais certezas. Uma é que eu sou um treinador melhor do que era ontem, isso já é um ponto positivo. Eu tentei me aprimorar, buscar opções, estudar o adversário para tentar encaixar melhor nossa formação com a formação do adversário para ter supremacia na disputa. Nós queremos estar entre os quatro. Todos nós sabemos da dificuldade que seriam as Eliminatórias e a gente vai crescendo", afirmou.

Outros principais tópicos analisados na entrevista foram o conjunto entre individualidade e coletivo, a atmosfera positiva no Nordeste e a qualidade vista em campo. Falou também com preocupação sobre a possível quebra do cronograma na capital baiana, mas destacando que deve-se respeitar o programado para benefício da Seleção.

"Nós insistimos com a escola brasileira do drible, com a transição mais rápida. Aos poucos, a equipe vai se encaixando. A maior dificuldade é treinar. Por mais que as pessoas falem que o futebol é desorganizado, não é. Houve várias situações. Nós estamos para representar o Brasil e a Seleção Brasileira. Tem que dar o tempo para a gente treinar", explicou.

O comadante exaltou os pontos positivos do time e ressaltou a boa atuação da dupla de zaga, formada por Gil e Miranda: "Enfrentamos equipe sólida, boa na bola aérea. Aquilo que treinamos, tentamos colocar em prática. A individualidade e o coletivo estão interligados. Miranda e Gil trabalharam bem, jogar contra Paolo Guerrero não é fácil. A equipe adversária não teve chances de cabecear na nossa área. Cada jogo é um jogo. Depende muito das circunstâncias de cada jogo", comentou.

Sobre uma evolução do grupo, ao somar sete pontos em quatro partidas, Dunga deixou bem claro que é ordem natural do trabalho e que o reconhecimento por parte do torcedor brasileiro é uma prova disso.

"Acho que estamos no caminho certo, estamos melhorando. Em dois jogos em casa, fazer seis gols não é fácil. Saímos atrás da Argentina. Em dois momentos, a torcida cantou ‘olé’, e isso é um bom sinal. Isso aconteceu mais pela qualidade dos jogadores. Tendo humildade no momento de marcar e atacar quando necessário", concluiu.