No próximo domingo (13), na sede social do Náutico, ocorrerá a eleição presidencial para o biênio 2016-17. O empresário Edno Melo concorre a favor da chapa da situação "Vermelho de Luta, Branco de Paz" e terá como vice Ubirajara Tavares, atual diretor de Esportes Amadores. O candidato falou com exclusividade à Vavel Brasil os planos e as estratégias para sua gestão à frente do escrete da Rosa e Silva.

Edno ressaltou uma possível parceria com Sangaletti, que virá para o departamento de futebol, ficando responsável por firmar parcerias com clubes do Brasil visando trazer "futuras revelações" a custo zero para o Timbu. O representante da situação alvirrubra falou também de uma possível volta aos Aflitos, planejando alternar o mando dos jogos com a Arena Pernambuco.

Vavel: Caso eleito, você pretende manter uma base para 2016 e evitar que o Náutico continue nessa "política" de fazer um time pra cada temporada?

Edno Melo: Com a manutenção do nosso diretor Diógenes Braga, que foi quem fez esse elenco, a gente conseguiu que ele resgatasse a melhor parte do elenco para fazer uma base para 2016 e contatar o mínimo possível com competência, contratar as peças que vão chegar para jogar

V: Qual seu posicionamento na questão Arena x Aflitos?

EM: A Arena é uma parceira do Náutico. O contrato que tem que dá rentabilidade ao clube, mas precisa ser revisto e ser estudado, pois o Náutico precisa voltar aos Aflitos. O clube está perdendo a identidade dele, os sócios estão cada dias mais dispersos com a ida à Arena, mas vamos sentar e conversar. Faremos com que 2016 seja um ano decisivo para a Arena, o clube e o Governo do Estado. Queremos que os jogos menores do meio de semana e à noite provavelmente sejam jogados todos nos Aflitos

V: O fato dos rivais estarem em divisão superior o pressiona para fazer bons resultados? Dificulta ou facilita seu trabalho?

EM: Pressiona, pois isso vai requerer mais profissionalismo e acredito que dinheiro não é o ponto primordial para ser campeão. Temos vários exemplos, inclusive o Santa Cruz foi campeão na Série D. A vinda de Sangaletti - para o departamento de futebol - é estratégica, pois vamos fazer um time que podemos pagar, visando pagar de janeiro a dezembro e não atrasar salário. Sangaletti já está garimpando alguns craques, algumas futuras revelações de clubes como Internacional, Corinthians e Flamengo para que o Náutico sirva de vitrine para esses jogadores, vindo a custo zero para o clube. Com um contrato bem feito, podem render um bom dinheiro a nós no fim do campeonato

V: Como será a relação das categorias de base com o profissional? Como os atletas serão aproveitados?

A base vai ser trabalhada em paralelo com o profissional, fazendo com que o técnico do principal saiba tudo que vem acontecendo com os mais jovens. Nessa parte, entra também o futsal, em todas as suas categorias, inclusive na captação de novos patrocinadores, sendo tudo integrado. Tudo que for gerado vai ser revertido para o próprio CT

V: Qual sua opinião sobre a mudança no estatuto do clube e as ideias do Profut?

EM: O estatuto do clube era de 2001 e não estava enquadrado nem sequer na lei civil, que é de 2002. Era uma mudança que tinha que ser feita, mas não pelo advento do Profut, tanto que demos entrada com o estatuto antigo. É lógico que esse estatuto novo requer algumas coisas que o clube estava precisando, porém nunca da maneira que nosso opositor estava querendo, visando tirar o direito de sócio e a eleição do presidente e do vice do executivo fosse de forma indireta no Conselho Deliberativo e secretamente. Jamais iríamos permitir que fosse desse jeito, tanto que foi colocado em votação, sendo refeito e tiradas essas cláusulas esdrúxulas que nenhum lugar do mundo pode acontecer uma situação dessas. Hoje, vivemos numa plena democracia e as pessoas ainda acham de tirar o direito de voto, mas a mudança do estatuto se fazia necessária