Acabou a pasmaceira para o CSA. Motivado e empurrado pelo torcedor, que fez uma espetacular festa antes, durante e depois do jogo, dentro e fora das dependências do Estádio Rei Pelé, o Azulão alcançou o primeiro grande passo para não viver apenas de glórias do passado. Em jogo realizado na noite deste domingo (24), válido pela segunda semifinal do Campeonato Alagoano 2016, o CSA venceu o Murici por 2 a 1. Os gols azulinos foram marcados por Rafael Oliveira e Jean Cléber, enquanto Allan descontou para os alviverdes com um golaço.

Com o resultado, o Azulão do Mutange volta a disputar a final do Campeonato Alagoano após três anos e reencontra o adversário do último confronto na decisão, o arquirrival CRB. Além disso, o time marujo garantiu calendário movimentado nos próximos 18 meses, por estar classificado ao Campeonato Brasileiro da Série D 2016 e 2017, Copa do Brasil 2017 e Copa do Nordeste 2017. Aos alviverdes, restam apenas a briga pela vaga na Série D contra o Coruripe. Os confrontos ainda terão datas e horários definidos e divulgados pela Federação Alagoana de Futebol (FAF).

A grande decisão do Alagoano reencontra seus dois maiores vencedores. Os dois próximos Clássicos das Multidões serão realizados nos dois próximos domingos, às 16 horas, no Estádio Rei Pelé, em Maceió.

CSA pressiona, perde pênalti e abre placar

Diante de seu torcedor, que mais uma vez compareceu ao Estádio Rei Pelé, o CSA partiu para cima do Murici para abrir vantagem e ter mais tranquilidade no decorrer do jogo. Mesmo com o empate ao seu favor como requisito classificatório à decisão, o time não jogou com o regulamento debaixo do braço e se lançou ao ataque. Mas a primeira real oportunidade de gol foi com o Murici. Aos cinco minutos, após cobrança de escanteio, a defesa azulina não afastou, a bola ficou viva na área e Didira salvou em cima da linha e evitou o gol dos visitantes. Aos oito, os mandantes responderam. João Paulo Penha avançou sozinho, mas parou em Gil na hora de finalizar.

O jogo ficou equilibrado. O CSA tinha muita intensidade e um meio de campo forte, mas dava espaços para o Murici arriscar e levar perigo. Aos 18 minutos, o Azulão começou a tomar conta do jogo definitivamente. Primeiro, Leandro Souza cabeceou sozinho e mandou para fora. Aos 19, após boa troca de passes, Cleyton perdeu excelente chance de abrir o placar. Aos 20, a melhor oportunidade. Jean derrubou o próprio Cleyton na área e a arbitragem assinalou penalidade máxima. Na cobrança, Didira bateu rasteiro e colocou para fora.

A torcida azul ficou tensa e receosa de que as eliminações em casa nas duas últimas temporadas voltassem a ser registradas neste domingo. Aos 25 minutos, Bismarck cobrou falta, Henrique Choco desviou e Cleyton testou. Gil ficou assustado, mas a bola foi para fora. O jogo alternou em bons lances, mas reais chances de gol demoraram a acontecer. Quando vieram, a massa azulina explodiu em festa. Aos 42 minutos, Rafael Oliveira aproveitou falha defensiva da equipe alviverde, tabelou com Jean Cléber e completou na saída do goleiro Gil para abrir o placar no Estádio Rei Pelé.

CSA amplia, Murici diminui, mas Azulão se classifica

No segundo tempo, o Murici mostrou que, se não conseguisse a classificação, venderia caro. Aos cinco minutos, o goleiro azulino Jeferson mostrou todo o seu potencial conhecido por todos que acompanham o futebol alagoano. Aos cinco minutos, Tarcísio cruzou rasteiro, Deizinho desviou e o arqueiro defendeu. Mas o CSA logo acalmou a torcida e deu mais tranquilidade para o restante do jogo. Aos 10 minutos, Jean Cléber recebeu bom lançamento, dominou na área, tirou o goleiro Gil da jogada com um belo toque e saiu para comemorar o segundo gol azulino.

Com a vantagem ainda maior – o Murici teria que virar o jogo para disputar a final, o CSA controlou o jogo com muita posse de bola, toques precisos e tentou anular as chances alviverdes de buscar diminuir a diferença. Aos 21 minutos, Patrick cobrou falta com muita força. Jeferson desviou com a ponta dos dedos e a pelota carimbou o travessão. O camisa 1 da equipe maruja foi acionado mais uma vez e novamente levou a melhor. Aos 27 minutos, Tarcísio fez boa jogada, tirou dois marcadores azuis do lance e bateu rasteiro. Com a mão esquerda, Jeferson salvou o Azulão.

Aos 30 minutos, porém, não teve jeito. Allan recebeu na entrada da área e chutou forte com o pé esquerdo. A bola acertou o ângulo direito de Jeferson, que se esticou, mas não impediu o golaço do Murici. Os visitantes ainda tinham esperança de buscar uma histórica virada e o fim de um tabu de quatro anos sem vencer o oponente. Mas o cansaço físico e a expulsão de dois jogadores na reta final foram evidência de que o time da Zona da Mata acusou o golpe e não tinha mais forças de reagir. O momento era todo azul. A festa foi grande no Estádio Rei Pelé. Com o apito final do árbitro, a comemoração de todos os azulinos foi intensa. O primeiro passo foi dado. Agora, a briga é pelo 38º título estadual.