O Campeonato Mineiro chega enfim à sua final e o confronto coloca frente a frente as duas equipes mais antigas em atividade do futebol belo-horizontino. América-MG e Atlético-MG, se enfrentam neste domingo (1º), às 16h, na Arena Independência, e protagonizam o clássico mais longevo de Minas Gerais. Nas 100 edições anteriores do estadual, as equipes já decidiram o campeonato – entre finais e quadrangulares – por 16 vezes. A última delas foi em 2012, onde o Galo levou a melhor. O resultado está em pé de igualdade, pois ambos levantaram a taça em oito ocasiões, tornando o título de 2016 um peso a mais na balança.

Quem acompanhou o Coelho durante a primeira-fase da competição, por vezes duvidou que o time chegasse à fase final e menos ainda à final. Uma campanha irregular, com resultados negativos atuando fora de seus domínios, foi comum ao time de Givanildo Oliveira. Porém o fator casa pesou para que o América chegasse a mais uma decisão. Por fim, foram cinco vitórias, três empates e três derrotas. Já o Galo, com o melhor ataque da primeira-fase, com 25 gols, não teve muita resistência pra avançar. Foram seis vitórias, dois empates e três derrotas.

Nas semifinais, o Atlético-MG enfrentou a URT. Empatou o primeiro jogo por 2 a 2 e, em casa, prevaleceu vencendo por 2 a 0. Já o Coelho duelou contra o até então invicto Cruzeiro, tendo ainda a desvantagem de ser eliminado caso empatasse os dois jogos, mas este fator o América-MG espantou logo no primeiro confronto, quando derrotou a equipe celeste por 2 a 0, na Arena Independência. No Mineirão, a equipe segurou a Raposa, terminando o jogo em 0 a 0 e garantindo a classificação.

Em campo não haverá desconhecidos, afinal América e Atlético já se enfrentaram duas vezes nesta temporada, ambos os jogos terminaram empatados em 1 a 1, sendo pela Primeira Liga e posteriormente pelo estadual. O segundo jogo da final acontece no próximo domingo (8), às 16h, no Mineirão.

Na ausência de Tony, a vitória será a cereja no bolo do América

O Coelho completou 104 anos no sábado (30) e um bom resultado no primeiro duelo da final é essencial para não colocar “água no chopp” dos americanos. Certo é que antes do fim do jogo diante do Red Bull Brasil, na última quinta-feira (28), o técnico Givanildo teve motivos para se preocupar. O meio-campista Tony, um dos destaques da equipe, se lesionou e virou dúvida. Em seguida, o médico do clube confirmou a ausência de Tony na primeira partida da final e a dúvida para o segundo confronto. Para reforçar o time, o departamento médico liberou o meio-campo Rafael Bastos e o atacante Bruno Sávio, ambos foram relacionados para a partida.

Os suplentes imediatos para substituir Tony são Xavier e Matheusinho, mas o treinador pode ainda mudar o esquema tático escalando mais um volante. Givanildo reconhece que a equipe muda sem Tony em campo, mas destaca os atletas para reposição. “Muda pelo fato de ele ser um jogador versátil, da maneira que vem jogando. No futebol brasileiro, muitos meias passaram a jogar pelos lados, mas temos condições de suprir essa falta. Temos jogadores no grupo capaz de fazer um bom papel”, disse.

O lateral-esquerdo Bryan, peça fundamental do time de Givanildo e por vezes autor de golaços, fala em presentear a torcida americana nos 104 anos do clube. “Neste aniversário do América acho que o maior presente que podemos dar é a primeira vitória neste domingo. E, se Deus quiser, no outro domingo poder concretizar em título”, afirmou.

Mesmo sem Dátolo e Junior Urso, Aguirre promete força máxima

O Atlético-MG vive o clima de decisão não apenas no Campeonato Mineiro, mas também na Copa Libertadores. No seu último compromisso, diante do Racing, fora de casa, a equipe empatou por 0 a 0. Uma pausa na competição continental para focar no mineiro e depois vice-versa. Do time que entrou em campo na Argentina, o técnico Diego Aguirre não relacionou para a partida deste domingo o meio-campo Dátolo, devido a um estiramento na coxa esquerda, e o volante Junior Urso, poupado com dores musculares. A notícia boa da relação de jogadores que vão à partida é a presença do goleiro Giovanni, que volta depois de uma cirurgia na face, e do lateral Patric, recuperado de uma cirurgia no joelho esquerdo.

Apesar dos desfalques, o técnico alvinegro garantiu boa parte do time que jogou pela Libertadores em campo na final do Mineiro. “É um momento difícil para tirar algum jogador desta final, todos querem jogar e a nossa ideia é colocar em campo um time muito forte. Queremos ganhar essa primeira final e, talvez, algum jogador não jogue, mas a maioria dos que jogaram na quarta-feira vão jogar domingo”, afirmou.

Por ter feito uma campanha melhor que a do Coelho na primeira-fase, o Galo tem a vantagem de jogar por dois empates, porém o lateral Marcos Rocha recorda a semifinal e cobra atenção para a final. “Temos uma vantagem importante, mas vimos que o América conseguiu reverter isso em relação ao Cruzeiro, então, é mais um motivo para termos cuidado. Vamos procurar fazer o nosso melhor e esperamos conseguir o título mineiro mais uma vez”, disse.

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