De quase eliminado, podendo perder a vaga na última rodada da fase de grupos, a vencedor. A mudança repentina de mudança de postura, como da água para o vinho, fez o Santa Cruz honrar a letra do hino e mostrar que, de fato, é o "Terror do Nordeste". A conquista inédita foi suada e com muita raça, assim como tudo que ocorreu desde 2011, quando o clube saiu do fundo do poço.

Desde então, haviam sido cinco títulos, sendo quatro Estaduais e um da Série C, em 2013. Ao chegar no Mais Querido, para o jogo de volta das quartas de final diante do atual - até então - campeão Ceará, Milton Mendes teve a dura missão de reverter o empate em 2 a 2, com um Castelão lotado de torcedores alvinegros. Mesmo com pouco tempo à frente do time, venceu pelo placar mínimo e saiu com a vaga para a semifinal.

Contra o Bahia, vice no ano anterior, novamente igualdade com gols no Arruda e definição somente no confronto de volta. Em um jogo equilibrado e dramático, os tricolores pernambucanos se esforçaram e se classificaram à final com novo triunfo por 1 a 0, também pela primeira vez.

Mostrando a força da torcida, batendo o próprio recorde de público no Nordestão, a Cobra Coral se impôs diante do Campinense e foi para Campina Grande com a vantagem debaixo do braço. Motivados por estarem na decisão do Pernambucano, os corais arrancaram um empate heroico e alcançaram a maior glória em meio a um presente de alegrias.

Feliz com o primeiro campeonato, o segundo da carreira, Milton não escondeu a euforia, porém destaca o empenho de todo o grupo em campo. O comandante ainda exaltou a vontade coletiva para que a equipe levantasse a taça de maneira pioneira em toda sua história, dando o prêmio aos simpatizantes tão apaixonados.

"Esse título é fruto do trabalho dos nossos jogadores, vocês deveriam estar falando deles. A festa é deles e precisamos enaltecer o que eles fizeram. Todos merecem ser enaltecidos, mas esse elenco fez tudo para conquistar a competição e o título é um presente para nossa torcida", afirmou Mendes.