A história entre América-MG e o técnico Givanildo Oliveira ganhou mais uma página, neste domingo (8), após a conquista do Campeonato Mineiro, que encerrou um jejum de 15 anos sem Estaduais por parte do Coelho. O pernambucano, de 67 anos, que possui quatro passagens pela equipe, destacou a mudança de atitude do elenco durante a competição, fator chave na visão do treinador para levar o título.

“O sentimento é de alegria, de satisfação, de entender que o grupo conseguiu um feito muito grande, principalmente os jogadores. Este grupo vinha unido, mas essa união precisava ser levada para dentro de campo e nós nos atrapalhamos em vários jogos do Estadual. Depois, o time, me lembro bem do jogo, contra o Uberlândia, dali pra frente nosso time encaixou, fugiu daquela situação que estava e ficamos entre os quatro”, declarou Givanildo.

Após vencer a partida de ida da decisão, por 2 a 1, em cima do Atlético-MG, na semana passada, no Independência, o treinador já sabia que enfrentaria dificuldades diante do Galo, neste domingo. Givanildo estava certo. Sua equipe não se encontrou dentro de campo, sofreu um gol, até que aos 30 minutos da segunda etapa, um cartão vermelho para o zagueiro Alison, mudaria o panorama do time, apesar de ficar com dez atletas dentro de campo.

“Nós tínhamos que ir com tudo. Sofremos neste último jogo, tivemos dificuldades, principalmente no começo do segundo tempo, meio do segundo tempo. Até os 30 minutos o time não se encontrou, com um mais não se encontrava, aí essas coisas do futebol. Depois que o Alison foi expulso, parece que o time melhorou. Então, são situações que o treinador não pode prever, é mudar, trabalhar como foi feito e nós conseguimos em cima do nosso trabalho”, disse o técnico.

Se engana quem pensa que o 14º título estadual de Givanildo Oliveira foi tranquilo. A palavra-chave para a conquista é superação. Isso porque o treinador não pôde contar com jogadores titulares na grande final, casos do meio-campo Tony e do lateral-direito Pablo, que se machucou na primeira partida da decisão. Além disso, Givanildo não contou com o atacante Victor Rangel no primeiro duelo.

"Foi, porque fomos para esse jogo com um jogador que era titular absoluto [Tony], já tinha perdido o Adalberto, vem a volta do Jonas, dois meses parado, estava pensando em se eu deveria colocar o Jonas, se ele iria aguentar. Tinha o Pablo, que estava na lateral, e também se machucou. Essa situação aí, o próprio Victor que voltou, que lutou bastante. Foram situações que eles se superaram e que nos fizemos ser campeões", concluiu.