Neste domingo (8), o Mineirão recebeu a grande final do Campeonato Mineiro, entre Atlético-MG e América-MG. O jogo terminou empatado em 1 a 1, e por ter vencido o primeiro jogo, no Independência, por 2 a 1, o Coelho se sagrou campeão.

Apesar da perda do título, o técnico do Atlético, Diego Aguirre, não reprovou a atitude da equipe em campo, afirmando, inclusive, que gostou da postura do time e espera que ela seja repetida no jogo da próxima quarta-feira (11), pela primeira partida das quartas de final da Libertadores, contra o São Paulo.

“Acho que fizemos um bom jogo, principalmente no segundo tempo. Nossos jogadores deram tudo pela vitória, mas, lamentavelmente, tomamos um gol e foi isso que mudou tudo. Falei para eles que temos que manter essa atitude e essa vontade para quarta-feira, com essa intenção de jogar, porque teremos pela frente um objetivo muito grande”, disse.

Por conta do jogo na última quarta-feira (4) contra o Racing, pelas oitavas de final da Libertadores, o treinador precisou poupar jogadores na grande final. Questionado pelas escolhas que fez, o comandante alvinegro foi incisivo: Se você ganha, é espetacular, tem boas opções, tem inteligência, conhecimento. Como não ganhamos, parece que não foram boas [decisões], mas estou muito tranquilo, porque acho que colocamos o melhor time que podíamos colocar em campo, e repito, quando tomo minhas decisões, tem muitas coisas que não tenho que estar sempre explicando, como o porquê de um ou outro jogar”, declarou Aguirre, que se posicionou de forma concreta sobre suas convicções. "O dia em que o treinador não colocar suas convicções no campo, acho que não poderá treinar".

O Galo não treinou nos dois dias posteriores à classificação sobre o Racing, retomando essas atividades no sábado (7). Mas o treino foi fechado, onde ninguém cedeu entrevista coletiva, e Aguirre manteve segredo quanto à escalação. Somente na chegada da equipe ao Mineirão, revelou-se que uma das principais mudanças foi a ausência do zagueiro Leonardo Silva, que não ficou nem no banco reservas, por um desgaste muscular. Tiago foi quem assumiu o lugar do capitão alvinegro, mas, no final do primeiro tempo, fez falta em Victor Rangel e foi expulso após levar o segundo cartão amarelo.

Além de poupar o defensor, o técnico Aguirre optou por começar a partida com Robinho e Leandro Donizete no banco de reservas, e Marcos Rocha como meia armador. Com isso, Lucas Pratto, Hyuri e Carlos formaram o ataque do Atlético, enquanto Carlos César foi escalado na lateral direita. Ainda no primeiro tempo, após sentir um desconforto na perna direita, o atacante Carlos foi sacado e deu lugar ao autor do único gol do Galo, Clayton. Com um jogador a menos na etapa final, após expulsão de Tiago, o treinador atleticano colocou Robinho no lugar de Hyuri, e improvisou Carlos César como zagueiro, que mais tarde deu lugar a Edcarlos.

O foco do Atlético, agora, volta para a Libertadores, como afirma Aguirre sobre a rápida e necessária recomposição do time. "Temos que descansar rapidamente, porque a Libertadores é o objetivo máximo do clube e temos que estar preparados para quarta-feira. Temos muitos jogadores com experiência e que sabem que ganhar ou perder um jogo faz parte do futebol. Não podemos ficar muito eufóricos quando ganhamos e nem tristes demais quando perdemos. A preocupação maior é como vamos recuperar o time pelo grande esforço físico que fizemos hoje e na quarta passada", afirmou o treinador.

Na quarta-feira (11), o Galo tem compromisso na Libertadores, onde enfrenta o São Paulo, às 21h45, no Morumbi, pela primeira partida das quartas de final da competição continental; na segunda (9), equipe alvinegra já embarca para a capital paulista.