Opostos. Não apenas pela enorme rivalidade entre Santa Cruz e Sport, mas pelo momento vivido pelas equipes no Campeonato Brasileiro da Série A 2016. Enquanto o Tricolor do Arruda começou bem o torneio, está invicto e ocupa o G-4, o Leão da Ilha não engata sequência de resultados positivos, permanece na última colocação e ainda não venceu.

Diante desse cenário, o quinto Clássico das Multidões da temporada será disputado às 21 horas desta quarta-feira (1º), no Estádio José do Rego Maciel, o Arruda, em Recife/PE. O confronto é válido pela quinta rodada. Nos quatro confrontos anteriores disputados neste ano, foram dois empates e uma vitória para cada lado, todos disputados no Campeonato Pernambucano.

Com estreia, Santa está definido para manter sequência positiva

O time perdeu a liderança do Brasileirão ao sofrer o empate contra a Chapecoense na reta final do jogo, disputado no último fim de semana, e ver Grêmio e Internacional vencerem seus jogos.  Ainda assim, o importante é somar pontos para ter tranquilidade na disputa do campeonato e o que vier à frente é lucro para a equipe pernambucana.

Para o Clássico das Multidões, é fundamental a vitória para a confiança em todo o elenco continuar elevada. Sem muito mistério, o técnico Milton Mendes revelou a escalação da equipe e como pretende iniciar a formação do clube para o jogo a ser disputado diante da torcida coral.

Os desfalques são o lateral-esquerdo Tiago Costa, suspenso pelo recebimento do terceiro cartão amarelo, e o volante Wellington Cézar, submetido a uma artroscopia no joelho direito e tem previsão de retorno em duas semanas. Fora da lista de relacionados na rodada anterior, o meia Fernando Gabriel e o atacante Lelê estão de volta. Para substituir Tiago Costa, Milton Mendes optou pela estreia de Roberto. Nos treinamentos realizados, a dúvida entre Roberto e Allan Vieira logo foi sanada.

O treinador explicou a escolha por Roberto e acredita que o jogo será difícil por causa do potencial do time do Sport que, segundo Milton Mendes, não reflete o desempenho do grupo.

"Eu optei por Roberto para ele ter uma oportunidade de jogar na posição dele. A opção pelo Roberto foi porque era mais que natural. Nós estamos no início do campeonato. Foram apenas quatro rodadas. Eu não acho que a posição do Sport condiz com o plantel. Eles têm um plantel bom e um treinador bom. Vão encontrar formas de sair dessa posição na tabela. E também tem outros times bons lá embaixo. Vão se recuperar ao longo do campeonato. Não acho o Santa Cruz favorito. Oswaldo de Oliveira também sabe muito de futebol", afirmou o técnico.

Sport tenta primeira vitória na Série A com manutenção dos titulares

O Sport segue em má fase. Oito jogos sem vencer. Mais de um mês sem comemorar um resultado positivo. Um gol em quatro partidas disputadas. No último fim de semana, o time rubro-negro pressionou e fez um primeiro tempo excelente contra o Corinthians, mas foi derrotado por 2 a 0 e viu o jejum permanecer. O Clássico das Multidões ante o Santa Cruz é visto como uma oportunidade de inverter esse panorama. Vencer o arquirrival fora de casa é um grande motivo para mudar o ambiente e o espírito do grupo.

Para o jogo desta noite, o time a entrar em campo como titular deve ser o mesmo que iniciou a última rodada. Os desfalques são os mesmos e as opções do técnico Oswaldo de Oliveira permanecem iguais. O zagueiro Oswaldo Henríquez está fora por três semanas por causa de uma lesão no músculo adutor da coxa e Matheus Ferraz é o substituto. No ataque, por conta da má fase dos principais concorrentes, Edmilson será mantido como referência embora ainda não tenha participado de uma atividade com o grupo.

Mesmo com o momento ruim, a última colocação e as estatísticas totalmente desfavoráveis, o treinador Oswaldo de Oliveira percebeu uma evolução no Sport e acredita que os frutos virão. O comandante torce para que os primeiros resultados da evolução venham no Clássico desta quarta-feira.

"A equipe demonstrou um avanço no aspecto tático nos últimos três jogos e vamos persistir nisso. Discutir quando perde fica difícil. Não gosto de perder e nem de passar por esses momentos, mas gosto de sair. Isso é uma motivação grande. Procuro contagiar os jogadores com esse sentimento gostoso que é o da volta por cima. Isso me dá gás para trabalhar", afirmou o técnico da equipe rubro-negra.