Na noite desta terça feira (16), o Internacional comemorou 10 anos da conquista de sua primeira Copa Libertadores da América. Mais de 15.000 torcedores compareceram ao estádio Beira Rio para uma noite que reavivou e  matou um pouco da saudade do  torcedor com o time que elevou o Colorado ao patamar de Campeão da América e posteriormente, do Mundo, diante  dos Craques que marcaram a história do Inter, como Pinga, Dunga, Mauro Galvão e Valdomiro.

O amistoso terminou favorável ao time de 2006, por 6x3, mas independentemente do resultado, o que se viu foi uma verdadeira celebração entre amigos em campo. Cada jogador foi apresentado e subiu em um pequeno palanque para ser aplaudido pelo torcedor.

Logo aos cinco minutos, Índio fez pênalti após cruzamento vindo do lado direito de ataque. Coube a Valdomiro a cobrança, e com muita categoria bateu no meio do gol, não dando chances para Clemer. Depois de sofrer o gol, o time Campeão de 2006 começou a precionar, chegando a assustar com duas bolas na trave em sequência. Com uma escapada veloz, Renteria quase marcou, não fosse a bela defesa de Marcelo Boeck.  Elder Granja foi mais um que parou no travessão, pois quis o destino que Bolivar fizesse o primeiro dos heróis. Bola cruzada da esquerda e gol do General Colorado de cabeça. 1x1 no placar aos 14 minutos da primeira etapa.

O time dos Craques Colorados contou com jogadores de idade mais avançada do que os campeões de 2006, entretanto a qualidade era evidente. O time conseguia defender e sair jogando pelos atalhos do campo. Em um contra golpe, Kléber obrigou Clemer a fazer uma defesa sensacional. Nilson também exigiu Clemer, que espalmou para o meio e Fabiano não conseguiu pegar o rebote que o deixaria em condições de marcar o gol.

Aos 27 minutos, Iarley infiltrou uma bola em Renteria que com um toque sutil encobriu Marcelo e marcou um lindo gol, com direito a cachimbo e touca alá Saci, como costumava fazer no ano de 2006. Score favorável aos Heróis de 2006. 2x1. O primeiro tempo encerrou assim.

No segundo tempo, ambos os times voltaram com muitas alterações. Os campeões conseguiram imprimir um ritmo mais forte nos seus ataques, muito ligados a vitalidade de Leo, que era um garoto na libertadores de 2006. Adriano Gabiru, Perdigão, Michel foram mais alguns nomes que pisaram no gramado do Beira Rio, mas um momento muito especial era aguardado para a noite.

 Enzo, filho de Fernandão entrara em campo no minuto 9 da etapa complementar para receber a braçadeira de capitão das mãos de Dunga, braçadeira essa que a partir desta noite passa a ser imortalizada no clube com o rosto de Fernandão. Aos 25 minutos Enzo marcou gol na saída de Marcelo, no mesmo gol onde seu pai marcou o gol 1000 em Grenais em sua extreia. Momento de muita comoção no estádio.

Na saída de bola, Renan derrubou Christian dentro da área e Marcio Chagas assinalou a penalidade. Jair bateu e diminuiu o jogo para 3x2.

Aos 29 minutos, Tinga escapou pelo meio e marcou o gol. Na comemoração tirou a camisas assim como feito exatamente 10 anos antes contra o São Paulo. Assim como em 2006, Tinga foi expulso, mas tudo não passava de uma brincadeira e o jogador voltou ao campo.

Os organizadores do evento cuidaram para que tudo fosse como um presente ao torcedor em forma de lembrança. O garoto Enzo foi substituído, e nesse momento, os telões do Beira Rio mostraram Fernandão cantando "vamo vamo Inter" naquele retorno do mundial de 2006. Mais um momento de lágrimas no Gigante.

Aos 37 minutos, Iarley enquadrou o corpo e fez golaço de canhota, no ângulo. Heróis marcaram o quinto. Márcio Chagas marcou pênalti em cima de Dario que aos 70 anos de idade converteu. 5x3 para os heróis de 2006. Ainda no final, pênalti para os Heróis que foi batido e convertido por Gabiru. 6x3 placar final.

Com o apito final, foi montado um palco para a taça ser erguida. Os torcedores receberam acesso ao gramado e foram para o meio do campo festejar com os atletas enquanto o Beira Rio era iluminado com fogos de artifício.

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