Ele levou o Corinthians ao hexacampeonato em 2015 e, depois, aceitou uma proposta bilionária de time chinês. À distância, só víamos seu desempenho nas partidas da Seleção Brasileira. E, convenhamos, como tinha caído. Era impressionante.

Ao ser convocado para compor o time do Brasil na Olimpíada do Rio, foi alvo de muitas críticas. A princípio, não era nem para ele estar lá. Foi convocado para repor Douglas Costa, que foi suspenso. Nos primeiros jogos, foi vaiado pela torcida.

Renato Augusto não era mais o que víamos no Corinthians no ano passado, não era mais o mesmo. Porém, tornou-se homem de confiança de Rogério Micale, técnico da Seleção Olímpica.

A partir do terceiro jogo, contra a Dinamarca, ainda na fase de grupos, apesar de não ter marcado, o meia fez uma participação surpreendente para quem ainda não havia aparecido na Olimpíada. Fez boas jogadas, auxiliou e orientou o time, deu assistência quando foi necessário. Ao deixar o campo, as vaias da estreia foram esquecidas e a torcida aplaudiu. Renato Augusto estava voltando.

Contra a Colômbia em Itaquera, sua antiga casa, Renato apareceu ainda mais e mostrou muita maturidade. Por várias vezes deixou o meio do campo e foi para o ataque. Atuou até como lateral. Novamente, fez bons passes e, com experiência, conduziu bem o time à vitória.

Na última quarta-feira o Brasil venceu a Seleção de Honduras por 6 a 0. Não porque os hondurenhos estavam fracos, mas porque o Brasil estava de volta. Renato Augusto novamente não marcou gols, entretanto, era essencial a sua presença. Outra vez desempenhou este papel de liderança que vinha mostrando nos jogos anteriores. Agora é considerado a alma do time e, de novo, foi aplaudido ao deixar o campo.

Agora a Seleção Brasileira está na final dos Jogos Olímpicos do Rio. Enfrentam o maior fantasma da Copa de 2014, a Alemanha. Renato Augusto estará lá, e tem a confiança do professor Micale e dos demais jogadores. Mas, não apenas deles: a torcida confia que o meia fará seu trabalho. O Brasil acredita que ele fará a diferença.