Neste 27 de agosto de 2016, um dos mais famosos dianteiros do Grêmio vai de encontro a outro plano azul. Alcindo Martha de Freitas, o Alcindo Bugre faleceu aos 71 anos em Porto Alegre. O ex-jogador estava internado no hospital São Lucas da PUC, passou por complicações em função da doença de diabetes e não resistiu.

Nascido em 31 de março de 1945 na cidade de Sapucaia do Sul, Alcindo foi o maior artilheiro da história do Grêmio. Conta a história que passou por categorias de base de Inter e Aimoré antes de chegar ao Grêmio. Do Tricolor, foi emprestado ao Rio Grande, clube do sul do estado.

Definitivamente em carreira profissional, aportou seu talento em Porto Alegre para jamais ser esquecido. No Grêmio, desfilou no campo de ataque para azar dos defensores e goleiros de 1964 a 1971, em uma fase vencedora do Tricolor, que empilhou campeonatos gaúchos. Alcindo participou das conquistas de 1964 a 1968 no estádio Olímpico Monumental.

Foram 264 gols com a camisa tricolor. Após jogar no Santos e no futebol mexicano, por Jalisco e América, voltou ao Grêmio para confirmar sua excelência. O Inter, após a inauguração do Beira-Rio, dominou o cenário do Rio Grande do Sul nos anos 1970, até Alcindo e o companheiro André Catimba encerrarem o jejum gremista com o título de 1977. O ano é tratado como especial pela torcida tricolor, que inclusive conta hoje com uma torcida chamada de Tribuna 77.

Com a camisa da seleção brasileira, fez parte da Copa do Mundo de 1966, dentre outra convocações. Sua biografia está eternizada nas palavras do autor Eduardo Valls.

O Grêmio deve prestar um minuto de silêncio ao ex-atacante na tarde deste domingo (28), quando enfrenta o Clube Atlético Mineiro na Arena do Grêmio, às 16h. Alcindo será sempre lembrado pela disposição e pelos gols com a camisa tricolor.