Era uma boa chance para o Botafogo confirmar sua vaga na Libertadores, mas o time só ficou no empate por 1 a 1 com a Ponte Preta em sua despedida da Arena, neste sábado (26) em partida que teve início às 20h30. A tarefa do mandante não era tão díficil, vencer em casa e torcer contra o Corinthians, mas o Glorioso não conseguiu sequer fazer a sua parte.

Com o resultado, o Alvinegro carioca se mantém na sexta posição, com 56 pontos, na próxima partida vai viajar para enfrentar o Grêmio. Pela parte paulista, a situação é de tranquilidade na 10ª colocação, fará a última rodada em casa diante do Coritiba. 

Primeira etapa boa para o Botafogo que abre vantagem no número de jogadores em campo e no placar

O time carioca iniciou o jogo estudando o adversário, tocando a bola na defesa e buscando espaço para atacar. Enquanto o time tocava, a torcida cantava, o clima parecia mesmo de despedida da casa. O primeiro perigo veio aos três minutos, quando Victor Luis construiu uma boa jogada pelo lado direito, cruzou, mas o zagueiro Antônio Carlos fez a cobertura.

O Glorioso foi para o ataque, com faltas e escanteios perigosos, mas o time não conseguia uma chance real de gol. A Ponte se segurava atrás e jogando sem o domínio da bola em busca de um contra-ataque. O time de Campinas chegou perto do gol com uma falta pelo lado esquerdo, Ravanelli cruzou fechado, ninguém tocou e a bola passou rente à trave. A Macaca crescia no jogo, tomava domínio do campo e começava a pressionar a saída de bola do Botafogo.

Aos 16 minutos, Lindoso tentou chute fraco e houve um desvio por dois jogadores, um deles era Sassá, que mandou para o fundo da rede, inaugurando o placar. Quatro minutos depois do gol, Camilo levantou na segunda trave, Victor Luis cabeceou para o gol, mas Nino Paraíba tirou a bola.

Rhayner, aos 24, fez excelente jogada, driblou dois, mas terminou desarmado. O time paulista era perigoso na bola parada, mas não fez um bom primeiro tempo. Cometeu faltas desnecessárias, que favoreceram a superioridade do adversário.

Clayson foi do céu ao inferno em um lance. Após driblar dois jogadores em uma só jogada, entrou na área, driblou mais um, foi tocado por trás e isola. Depois perdeu a cabeça, foi pra cima do juiz e acabou sendo expulso. Saiu chorando de campo e prejudicou a equipe pelo resto do jogo.

O time mandante aproveitou para tentar ser ofensivo. Neilton fez boa jogada, mas a bola bateu na linha defensiva da Macaca. O Glorioso, com um a mais, diminuía a velocidade e esperava pelo erro adversário.

Ponte joga no erro alvinegro e acha um gol na segunda etapa

O segundo tempo começou sem muita movimentação, o visitante estava perdido em campo. O primeiro lance perigoso foi uma falta perto da meia lua, aos quatro minutos, Camilo cobrou, e a bola explodiu na barreira.

A Ponte Preta, ao mesmo tempo em que tinha desvantagem numérica, precisava ser ofensiva para reverter o placar. Rhayner, aos 14 minutos, aproveitou o toque de calcanhar de Antônio Carlos, fez bela virada e chutou de dentro da área para Sidão fazer sua primeira defesa no jogo. A postura ofensiva deixava chances de contra-ataque para o Botafogo. Numa delas, Dudu Cearense fez cruzamento perigoso, mas Camilo estava impedido.

E a ofensividade deu resultado com William Pottker aos 20 minutos. Após cruzamento, Matheus Jesus furou e a bola sobrou para o matador, que estufou a rede. 

Com o gol da Macaca, o Glorioso, enfim, voltava a ser perigoso no ataque. O elenco botafoguense tentava chegar à meta com cruzamentos, mas não conseguia acertar. Num deles, a defesa afastou e Camilo chutou de primeira para Aranha fazer a defesa.

Os cinco minutos finais foram de pressão do time carioca. O clima esquentou entre os jogadores após falta de Antônio Carlos em Sassá. Na cobrança, Camilo rolou para Victor Luis chutar longe do gol. A Ponte se contentava com o empate. Fazia paralisações e atrasos nas cobranças. No último lance, o goleiro Sidão foi para a área, bola sobrou para a equipe paulista que, com Matheus Jesus, quase vira o jogo.