27 de novembro de 2016. Vinte e dois anos depois, o Palmeiras, maior campeão nacional do país, voltou ao seu lugar. O melhor time do Brasil. Vinte e dois anos que duraram uma eternidade, onde ocorreu de tudo, desde a conquista da Libertadores, três títulos da Copa do Brasil e dois campeonatos da Série B. Mais de duas décadas de altos e baixos.

O palmeirense moldado na fila é diferente dos outros torcedores. É uma pessoa que, por mais que o campeonato esteja ganho, por mais que o time esteja ganhando por 3 a 0 no segundo tempo, por mais que tudo conspire a favor, ele terá um pé atrás com o time do coração. Mas além do pé atrás, esse palmeirense parece ter ampliado sua paixão pelo clube em vinte e duas vezes.

A última semana que antecedeu o título palmeirense durou uma eternidade. O desfile de camisas do Palmeiras pelas ruas de São Paulo era impressionante. Ao redor do Brasil o desejo de todo torcedor de estar no Allianz Parque na partida contra a Chapecoense foi sentido por cada palmeirense na arena. Semáforos com P de Palmeiras lembravam a todos que o dia estava chegando. A fila acabaria e o Brasil voltaria a ser verde.

O time de 2016 pode não ter sido brilhante, mas representou dentro de campo os 22 anos. Tiveram dias de Libertadores de 99, como o jogo contra o Corinthians na Arena em Itaquera. Tiveram dias de rebaixamento, como a derrota diante do Botafogo. Tiveram dias de Copa do Brasil 2012, onde o jogo foi vencido somente na raça, como no jogo contra o Internacional no segundo turno. Tiveram dias de Jaílson como Prass e Prass como Marcos. Tiveram dias de Dudu como Edmundo. Tiveram dias que Gabriel Jesus balançava as redes como Evair. E tiveram dias, como todos os outros 8035 dias, que o amor do torcedor ficou escancarado.

E hoje, 27 de novembro de 2016, mais um dia se marca e se molda na história da Sociedade Esportiva Palmeiras, nove vezes campeã nacional. Um dia de 22 anos, que agora foi eternizado.