Passadas pouco mais de 12 horas do trágico acidente envolvendo a delegação da Chapecoense, a Aeronáutica Civil da Colômbia concluiu o resgate dos 71 corpos. Desse número, 63 já foram encaminhados para Medellín, onde será realizado o processo de identificação, enquanto as outras oito vítimas estão sendo removidas também para o Instituto Médico Legal da capital colombiana.

Documentos e passaportes dos passageiros já estão em poder da polícia, para ajudar na identificação dos corpos. Está programado, ainda nesta terça-feira (29), a saída de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB), rumo a Medellín. Peritos da Polícia Federal e investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estarão a bordo, juntamente com membros do Itamaraty e do Ministério dos Esportes. A liberação dos corpos está prevista para quinta-feira (1º).

Além dos corpos, a Aeronáutica Civil também encontrou as duas caixas-pretas da aeronave. Os equipamentos servirão para auxiliar nas investigações, já que registros de voz do comandante e co-piloto ficam gravadas. A informação foi confirmadada por Alfredo Bocanegra Varón, diretor-geral do órgão.

“Desde a madrugada estávamos procurando e nossa esquipe com especialistas experimentados em acidentes aéreos, piloto e engenheiros aeronáuticos encontraram as duas caixas-pretas, que são de cor laranja e estão em nosso poder e serão muito úteis para a investigação”, disse Bocanegra.

As duas caixas pretas do avião são encontradas (Foto: Aeronáutica Civil)

Outros seis sobreviventes estão hospitalizados: o goleiro Follmann, que teve uma de suas pernas amputadas, além do lateral Alan Ruschel, que está em estado grave, porém, estável. Já o zagueiro Neto, último a ser resgatado, continua em estado grave, com traumatismo craniano e fraturas expostas. O jornalista Rafael Henzel, a aeromoça Ximena Suárez, e o técnico da aeronave Erwin Tumiri, continuam em observação.

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