Talentoso. Zagueiro artilheiro. Bom porte físico. Estava no auge. Willian Thiego, de 30 anos, teve sua vida ceifada no trágico acidente aéreo, na madrugada da última terça-feira (29/11), que tirou a vida de 71 pessoas a bordo da aeronave que levava jornalistas e delegação da Chapecoense à cidade de Medellín, na Colômbia. Um dos pilares da defesa alviverde neste ano, Thiego desfrutava do melhor momento da carreira e estava praticamente acertado com o Santos.
Ao Lance!, o empresário Luiz Taveira, que representa o clube paulista em negociações com Guerra e Berrío, do Atlético Nacional, na Colômbia, revelou que o zagueiro estava muito contente com a iminente assinatura de contrato com o Peixe.
“Ele estava feliz da vida [com o acerto]. Falava que estava feliz demais, eu iria encontrá-lo hoje [terça-feira, para acertar]. Vem lágrimas nos olhos só de lembrar”, lastimou Taveira, que aproveitaria a permanência da Chapecoense em solo colombiano para assinar o pré-contrato com Thiego.
Após se destacar no Sergipe, Thiego chegou às categorias de base do Grêmio em 2007. Foi promovido ao time profissional no mesmo ano. Zagueiro de origem, ele atuou como lateral-esquerdo em algumas partidas sob a direção do treinador Mano Menezes.
Em dezembro de 2009, Thiego foi emprestado ao Kyoto Sanga, do Japão. Depois de cumprir o tempo estipulado no vínculo de empréstimo – um ano –, retornou ao Grêmio, mas não permaneceu na equipe tricolor. Rodou por Bahia, Ceará, Figueirense e Khasar Lankaran, do Azerbaijão, até desembarcar em Chapecó, em janeiro de 2015, para fechar com a Chapecoense.
Neste ano, Thiego havia disputado 62 jogos pelo Verdão do Oeste e marcado 8 gols, ganhando a fama de “zagueiro artilheiro”. O último tento que ele anotou vestindo as cores da Chape foi na vitória contra o Sport, no dia 12 de outubro. De cabeça, o camisa 27 abriu o placar na Arena Condá. O confronto, válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, terminou com o marcador em 3 a 0 para a Chapecoense.