O atacante Riascos está liberado para atuar por outro clube. É isso que garante a liminar expedida pelo ministro Barros Levenhagen, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Na sexta-feira (2), o ministro havia negado um pedido de habeas corpus solicitado pelo jogador, mas mudou a decisão depois de um recurso. O parecer tem caráter parcial até que seja definida a sentença referente a uma ação trabalhista contra o Cruzeiro.

A negação do ministro Levenhagen ocorreu devido à pendência do julgamento no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), de agravo regimental sobre o caso. Entretanto, o colombiano poderia solicitar um novo habeas corpus visando sua liberação para atuar por outra equipe, caso o agravo fosse julgado e extinto em segunda instância. Fato que aconteceu.

Este é o sétimo recurso de Riascos em busca de sua rescisão de contrato com a Raposa. Nas seis ocasiões anteriores, quem se deu melhor foi o Cruzeiro. Em entrevista concedida ao site GloboEsporte.com, o diretor jurídico do clube, Fabiano de Oliveira Costa, comentou sobre a decisão e destacou a posição do time mineiro quanto ao fato.

“Vamos tomar todos os meios necessários para defender os direitos do Cruzeiro. Lembrando, evidentemente, que é uma decisão provisória, uma decisão liminar. Isso não significa derrota. Significa que ele está livre, mas o processo e a ação trabalhista continuam normalmente, e os direitos indenizatórios do Cruzeiro não estão prejudicados, embora tenhamos certo receio pela insegurança jurídica que um tipo de decisão dessa depois do sétimo recurso dele é deferido”, disse.

Entenda o caso

Após a partida diante do Fluminense, realizada em julho deste ano pelo Campeonato Brasileiro, Riascos deu uma declaração polêmica, que foi entendida como ofensiva por parte dos cruzeirenses. Poucas horas depois, a diretoria do time mineiro anunciou o afastamento do atleta da equipe. Em agosto, o colombiano entrou com uma ação pedindo a rescisão do contrato com a Raposa, para assim poder dar prosseguimento às suas atividades em outro clube. Desde então, jogador e clube travam uma disputa ferrenha nos tribunais.