A missão do Avaí em seu retorno à elite do Brasileirão é clara: manter-se. O time passou apenas um ano na Série B após ser rebaixado em 2015 e agora tenta passar mais de uma temporada na Série A. Com a diretoria ciente das deficiências, o time tenta melhorar seu elenco para ter mais alternativas para o restante do ano.

Nesse início de ano, o Avaí foi eliminado na segunda fase da Copa do Brasil - nos pênaltis, para o Luverdense e acabou perdendo a final do Catarinense por conta de critérios de desempate - perdeu em casa e venceu fora contra a Chapecoense por 1 a 0.

Para isso, o Avaí manteve o técnico Claudinei Oliveira e vários jogadores que conseguiram o inesperado passado em 2016. Dos 11 titulares mais constantes, oito estavam no elenco pelo menos desde o ano passado. O time, que se baseava numa defesa forte e em um jogo reativo continua com a mesma estratégia para ter sucesso na Primeira Divisão.

Escalação

Claudinei Oliveira continua apostando no 4-2-3-1. Em relação ao ano anterior, apenas três jogadores não estavam no elenco. Júnior Dutra e Denílson ocupam as posições de ataque e Leandro Silva, ex-Figueirense, é titular na lateral-direita, enquanto Fagner Alemão foi realocado na zaga. No gol, o ex-reserva Kozlinski ganhou a vaga de Renan, que se transferiu para o Ludogorets, da Bulgária. O experiente Betão continua sendo um dos grandes pilares da equipe.

Apesar de ter na teoria três atacantes, o Avaí se comporta sempre de forma a explorar contra-ataques. Rômulo e Denílson, que ocupam as posições mais abertas do esquema de Claudinei, cumprem muito suas funções defensivas. Por pouca criatividade de seus volantes, o time catarinense necessita muito da participação do lateral-esquerdo Capa, que muitas vezes se comporta como ala e é importante válvula de escapa para o time.

Capa é o ponto de desequilíbrio

Quem põe o olho rapidamente na escalação do Avaí, provavelmente identificará no meia Marquinhos o nome mais famoso. O camisa 10 e capitão, 35 anos, marcou dois gols na temporada e, por conta de problemas físicos, não tem mais a mesma intensidade de antes e combina pouco com o estilo reativo da equipe de Claudinei Oliveira.

Neste contexto, o lateral-esquerdo Capa se encaixa muito bem no que pensa o treinador para esta equipe. Com volantes de pouca habilidade para criar jogo, são indispensáveis as constantes subidas do lateral-esquerdo de 24 anos. A estrutura do time possibilita muito espaço ao jogador, que ainda é pouco conhecido no cenário brasileiro, mas que desempenha papel fundamental na equipe.

O artilheiro do time é o atacante Denílson. Emprestado pelo Fluminense, o jogador de 21 anos iniciou a temporada com grande rendimento marcou oito gols no ano, mas o último deles aconteceu em 30 de março. Agora, tenta voltar a encontrar o caminho das redes para destacar-se também no Brasileirão.​

Capa é arma importante pelo lado esquerdo (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Capa é arma importante pelo lado esquerdo (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)

Claudinei Oliveira tenta repetir sucesso e surpreender como em 2016 

O Avaí era o 13º colocado após a 21ª rodada da Série B, quando Claudinei Oliveira foi anunciado como técnico do Avaí em 2016. Sob seu comando, o Leão só perdeu uma das 17 últimas partidas na competição, sofreu apenas seis gols nesse período e arrancou para o vice-campeonato, a melhor posição já conquistada pelo time na Segundona.

Claudinei conseguiu manter a ótima consistência defensiva na primeira parte do Estadual, com apenas três gols sofridos e a conquista invicta do primeiro turno da competição, o que o manteve com muito prestígio, apesar da eliminação para o Luverdense na segunda fase da Copa do Brasil, nos pênaltis.

Já no segundo turno, sofrendo com desfalques, o Avaí sofreu com muitos desfalques e não conseguiu manter a mesma campanha. Foram quatro vitórias, um empate e quatro derrotas e 13 gols sofridos no período, dando certa instabilidade e causando incerteza na equipe.

A final do Catarinense, principalmente a partida de volta em Chapecó, reafirmaram as boas características que o time mostrava e agora, para o Brasileirão, a equipe precisa retomar os bons momentos para manter-se na elite. Também, precisa de mais alternativas ofensivas e opções no elenco para disputar com mais condições contra equipes de mais nível.

Claudinei terá mais desafios para manter o time na elite (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Claudinei terá mais desafios para manter o time na elite (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)

Ressacada como fortaleza

A capacidade da Ressacada é de 17.800 torcedores. Ano passado, foi muito bem utilizada pelo time de Claudinei na Série B: sob o comando do técnico, foram oito vitórias e um empate em nove partidas. Neste ano, o time perdeu três de 12 jogos em casa, mas, para potencializar as chances de se manter na elite, o time tem que replicar o aproveitamento de 2016.

Foto: Divugação/Avaí FC
Foto: Divugação/Avaí FC