Diferença. Assim pode se resumir o encontro entre Corinthians e Santos, pela quarta rodada do Brasileirão 2017. Com uma atuação quase perfeita na segunda etapa - depois um triste primeiro tempo - o Timão mostrou sua força em casa e venceu por 2 a 0. Romero e Jô marcaram para o alvinegro da capital.

Com a vitória, o Timão assume a liderança provisória no campeonato e segue a boa fase da equipe. Com dez pontos em quatro jogos, a equipe corinthiana agora visita São Januário no meio da semana para encarar o Vasco.

Já o Peixe segue complicado. Com apenas uma vitória em quatro rodadas, a situação se complica para Dorival Jr. A pressão aumenta e agora o Santos recebe o Botafogo, no Pacaembu, durante o meio de semana.

Muito equilíbrio e poucas chances

Como prometido pelo técnico Dorival durante a semana, o Santos não se acuou e tratou de buscar seu ritmo mesmo fora de casa. O Corinthians tentava sair e propor o jogo, mas o Peixe era mais encorpado e dominou os minutos iniciais.

A ousadia surpreendeu o Timão, que respondeu adiantando o time e aos poucos foi dominando as ações da partida. Fagner era ótima válvula de escape, mas a equipe não o ajudava, principalmente Jadson, sumido no primeiro tempo.

Ainda assim, o Santos era perigoso e de um cruzamento da direita, Pablo furou feio. Bruno Henrique, atrás do zagueiro, não esperava e o domínio do santista ficou longo e facilitou a vida de Pedro Henrique, que travou bem a finalização.

O susto fez o dono da casa acordar, mas sem criatividade, sem velocidade pra sair jogando e entrar na defesa santista. No que teve mais facilidade, Fagner inverteu, Victor Ferraz não alcançou e Rodriguinho recebeu, bateu cruzado e Vanderlei fez uma defesa gigantesca. A resposta do rival veio em troca de passes rápidas, mas Cássio saiu nos pés de Vitor Bueno, salvando a pátria corinthiana.

Já nos minutos finais, outra boa chance do Santos, mas agora com chegada de Victor Ferraz nas costas da defesa. O lateral bateu de primeira e a bola queimou o travessão de Cássio. O equilíbrio foi a palavra do primeiro tempo, mas com um Corinthians sem trabalho de meio-campo, contra o Santos que respeitou demais.

Massacre e vitória com marca de Jô

Sem a criatividade no meio, o torcedor corinthiano aguardava uma postura diferente na segunda etapa. Mas logo nos minutos iniciais, Maycon sentiu a coxa e Camacho entrou na vaga, dando mais posse e trocas de passes, mas perdendo força ofensiva. E foi num lance que ele começou a jogada, que Romero teve a chance de abrir o placar, mas preferiu ajeitar de peito para quem entrava e a zaga santista afastou o perigo.

A chegada acordou o Corinthians que passou a mandar na partida. Com mais posse e verticalidade, o Timão até chegou a marcar com Rodriguinho, após escanteio da esquerda, mas o bandeira anotou impedimento. Pouco depois, Fagner chutou cruzado, a bola atravessou a pequena área e ninguém do time da capital aproveitou.

E era outro jogo. O Corinthians era mais incisivo e perigoso e chegou a balançar a rede com Pedro Henrique. Todo mundo comemorou, se fez festa, mas o bandeira chamou o Anderson Daronco e anulou a marcação alegando impedimento de Romero após toque do zagueiro. O lance foi bem assinalado.

A pressão era demais. Fagner levantou na área, Jô escorou e Romero se jogou na bola pra finalmente marcar para o Timão. Explosão em Itaquera.

E a pressão seguia forte. Era um outro Corinthians nesse segundo tempo e teve a chance de ampliar com Rodriguinho, mas David Braz travou bem e salvou a pátria. No entanto, não conseguiu fazer nada minutos depois. 

Jadson cruzou da direita, Rodriguinho escorou para o meio da área e Jô ganhou no corpo da zaga, fez um lance de capoeira, quase uma puxeta e mandou na gaveta de Vanderlei. Festa do "Rei dos Clássicos".

Com o placar adverso e sem conseguir desenvolver seu futebol, o Peixe se enervou e Bruno Henrique deixou o cotovelo em Romero. Anderson Daronco expulsou o atacante santista sem nenhuma dúvida.

Dali em diante, os dois times apenas cumpriram o protocolo e a Fiel saiu feliz de mais um clássico após uma segunda etapa totalmente diferente.