Em preparação para o confronto diante do Avaí na Ressacada neste domingo (11) às 16h, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o Flamengo treinou nesta sexta-feira (9) sob protestos da torcida no Ninho do Urubu.
Integrantes de torcidas organizadas e torcedores 'comuns' foram cobrar mais comprometimento dos jogadores, além também de críticas a Zé Ricardo. Muralha, Arão e Conca.
Aos 38 anos, o zagueiro Juan já viveu momentos piores com a camisa rubro-negra. Agora, com sua experiência e espírito de liderança, o jogador comentou sobre os protestos no treino desta sexta.
"Conversamos sobre o protesto. Ninguém foi agredido, até algum tumulto com a entrada dos carros, mas a torcida tem o direito de criticar, amam o clube também, é um clube amado por todos. É um direito deles. Desde que não passe dos limites. A expectativa, pelo elenco e estrutura que tem, é grande. Infelizmente as derrotas que tivemos custaram caro, tivemos três derrotas que custaram muito caro. Tem um pouco da frustração da eliminação, como nós também temos, da Libertadores, de vermos e não estarmos lá. Pelo elenco, temos que entender que já passou e domingo vamos dar seguimento a nosso objetivo, que é sempre terminar no topo da tabela", disse Juan sobre a torcida e a expectativa que possuem.
O capitão também comentou sobre o fato de levar a culpa diretamente a uma pessoa do clube, seja dos dirigentes ao jogador. O jogador não crê em erros individuais e procura não culpar somente uma pessoa, pois fazem parte de uma equipe.
"Em nenhum momento colocamos derrotas ou vitórias a custo da A, B ou C. Somos um grupo. Conversamos sobre ocorridos dos jogos. Alguns fatos vão negativamente e repercutem muito, principalmente entre goleiros e zagueiros. As coisas mudam muito rápido e parece uma onda que aumenta as coisas e nunca acaba. Somos profissionais, não podemos pensar assim. Temos que diariamente ter a melhor pegada, trabalhando sempre para evoluir".
Confira o que o Juan falou sobre alguns do elenco:
- Alex Muralha:
"Estamos falando de jogador que há 3, 4 meses estava na seleção brasileira. Não desaprendeu. As coisas que ocorrem, pode acontecer com qualquer jogador e ele já salvou o Flamengo em muitos jogos. Contra o Atlético-PR, por exemplo, fez grandes defesas cara a cara que nos ajudaram. São momentos, circunstâncias que acontecem negativamente. Mas pensamos no coletivo. Independente de quem jogue hoje, amanhã, no futuro, nosso respeito é sempre o mesmo e, como falei, é um goleiro de Seleção Brasileira, não podemos nos esquecer".
- Zé Ricardo:
"Com o Zé acontece algo parecido com o que acontece com o Muralha. Treinador que levou time ao terceiro lugar, campeão carioca invicto, tivemos decisões atrás de decisões em um mês turbulento, passamos ilesos a todas até tomarmos um gol que nos custou caro. E o trabalho dele, que levou o Flamengo ao patamar que o Flamengo tem hoje, elevou o nível de vários jogadores. Claro, em time que tem um início de campeonato aquém do esperado é normal que aconteçam pressão, mas a dele é dividida com todo o grupo. Aqui pensamos só no coletivo".
- Everton Ribeiro:
"É prática do clube, quando alguém chega, fazer várias avaliações até estar apto para ir a campo. Ele esta neste período. Nossos contatos foram rápidos, quando ele chegou o time estava viajando e agora domingo já temos outro jogo fora. Na semana que vem, provavelmente teremos um contato maior. O mais rápido possível estará junto com a gente".