O Atlético-MG segue desperdiçando pontos dentro do estádio Independência pelo Campeonato Brasileiro. Desta vez, a equipe de Roger Machado perdeu nos momentos finais da partida para o xará paranaense, em um erro do zagueiro Felipe Santana. Com o resultado, a equipe alvinegra caiu para a 17ª colocação, com apenas seis pontos somados em sete rodadas.

O treinador do Atlético fez questão de assumir a responsabilidade pelo momento ruim da equipe no campeonato, e disse que no futebol é natural que a culpa caia nos braços do treinador.

"A gente, que vive do esporte, sabe que não há culpados, mas há responsáveis. O responsável maior pelo contexto é o treinador. Não abro mão de ter a responsabilidade do processo. Sou eu quem faço as escolhas, sou eu quem levo os jogadores para o campo de treino e de jogo. Sou eu quem faço as alterações. Tem a parte técnica e individual do jogador dentro de campo, mas tem a coletiva e tática, que sou eu quem dá. Não é no futebol brasileiro, é no futebol mundial, a responsabilidade é sempre do comandante. No futebol, é natural. Na vitória, tem que dividir com muitos, mas na derrota, arcamos com ela sozinho. E não há problema nenhum. Quando se inicia essa profissão, já se sabe", comentou em entrevista coletiva pós-jogo.

Para sair dessa situação, o treinador pede mais união do grupo. Roger afirmou que há muito trabalho a ser feito por parte dele e dos jogadores. "Fomos nós que nos colocamos nesta situação e somos nós que teremos que sair. Sair juntos, dando força. Nosso torcedor agora vai reclamar e vai estar chateado conosco, até que nós consigamos reverter a situação. Nós temos que saber entender. Trabalhar mais, nos unir mais e reverter esse quadro momentâneo de instabilidade".

Sobre o começo ruim da equipe no campeonato, Roger declarou que, pelo calendário apertado, muitas vezes a equipe não tem tempo para treinar, usando como exemplo outros times da Libertadores que também estão na parte de baixo da tabela. Além disso, a quantidade de jogos faz os jogadores se machucarem. O caso mais recente é do zagueiro Gabriel, que teve uma lesão constatada.

"Qualquer explicação que a gente dá soa como uma desculpa da derrota. Mas, se a gente analisar as equipes que enfrentaram as principais competições do ano, o próprio Atlético-PR, nós, Flamengo, a Chapecoense, que estavam na Libertadores, o Santos, o único que foge à regra dessa lista foi o Grêmio. Se analisarmos o contexto do Grêmio, especificamente, é evidente o bom momento, mas ao não estar na final do regional, teve um tempo, de um recesso maior, de preparação. Essas outras equipes engataram uma sequência de jogos. Esse é um dos pontos importantes. Associado a isso, há um mal momento coletivo, de conjunto e de um momento técnico, individual de alguns dos nossos principais jogadores, que sempre foram um ponto alto. No futebol, a gente passa por isso", concluiu.

O Galo voltará a campo no próximo domingo (18) para enfrentar o São Paulo, no Morumbi, às 16h, em partida válida pela oitava rodada do Brasileirão.